sexta-feira, 1 de junho de 2012

À assembleia da UNIFESP-Guarulhos

Unidade das lutas de todos os campi da UNIFESP!
Fim dos processos políticos contra os 48 estudantes!
Nenhum processo contra o movimento grevista atual!
Que a Reitoria e o governo atendam as reivindicações!
Que o Reitor venha até o campus de Guarulhos para negociar com os estudantes em greve há mais de dois meses!

     O movimento estudantil da UNIFESP/Guarulhos avançou mais uma vez no método de luta com a ocupação da Diretoria Acadêmica e de todo o Campus para conquistar a pauta de reivindicações. Está pendente a tarefa de romper o isolamento, unificar as lutas existentes com os demais campi e realizar a unidade com outros setores da universidade.
     A proposta da Reitoria de negociar após a greve, e, no momento, com o fim da ocupação, tem o mesmo sentido político: não atender as reivindicações, tentar de novo enganar os estudantes, como em 2010. Até o momento, o reitor não apresentou absolutamente nada de concreto, ameaça o movimento estudantil com a tropa de choque ou uso da força policial.
     A Diretoria Acadêmica em comunicado recente citou apenas quatro reivindicações, sendo que o terceiro item do documento, aluguel do galpão em frente à universidade, não consta na pauta dos estudantes, já estava previsto antes da greve, os estudantes reivindicam a compra deste terreno para a UNIFESP.
     A ocupação do campus, como forma de pressionar pelo atendimento das reivindicações dos estudantes em greve, põe à luz do dia que a UNIFESP Guarulhos não enfrenta apenas as questões de infra-estrutura, mas também a falta de autonomia universitária.
     A Universidade é controlada por uma casta burocrática que se impõe sobre a maioria dos que trabalham e estudam para fazer cumprir os interesses do governo federal, seja com um estatuto com representatividade de 70% de professores, com 15% de estudantes e 15% de funcionários ou com medidas diretamente repressivas (perseguições e processos). Para enfrentar esta imposição da minoria sobre a maioria, é necessário defender a Assembléia Geral Universitária, com a participação dos três setores (estudantes, funcionários e docentes) e voto universal.
Greve Geral em todas as universidades federais!
Pelo direito irrestrito de greves e manifestações!
Exigir do governo Dilma o atendimento das reivindicações!

     O movimento grevista conta com pelo menos 48 universidades federais. No dia 05 de junho, o ANDES e FASUBRA estão convocando a marcha a Brasília. Muitas das reivindicações dos estudantes são as mesmas das dos professores, relacionadas aos problemas de infra-estrutura, consequência da expansão universitária do REUNI sem aumento suficiente de verbas. Os docentes reivindicam ainda cumprimento do acordo de 2011 (pagamento de reajuste de 4%, referente a 2010) e reestruturação do plano de trabalho. Os técnico-administrativos lutam contra o congelamento salarial e a precarização do trabalho.
     É importante aprovar a greve geral dos estudantes da UNIFESP e construir um comando de greve nacional, com eleição de delegados em todos os campi, para unificar e organizar as lutas do movimento estudantil. O movimento grevista deve exigir do governo Dilma o atendimento das reivindicações dos trabalhadores e da juventude.
     É preciso também ir além da greve simultânea: além de por em pé o comando de greve, ir às ruas (bloquear avenidas e ocupar prédios) e projetar o movimento para fora da universidade, buscando apoio da população assalariada. Planejar manifestações unitárias, enviar comitivas, com faixas e cartazes, para as assembleias de estudantes de outras unidades. Exigir do governo negociações conjuntas. Procurar os sindicatos e associações e discutir a unidade na luta para enfrentar a repressão e avançar as reivindicações.

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