sábado, 21 de junho de 2014

Militantes do PSTU agridem militantes do POR e independentes

Militantes do PSTU agridem militantes do POR e independentes

No dia 12 de junho, houve duas concentrações de atos contra a Copa do mundo em São Paulo, cidade onde ocorreu a abertura do grande evento da burguesia. A concentração do Metrô Carrão, organizada pelo grupo que vinha convocando os atos contra a Copa até então, foi reprimida em menos de 5 minutos após o horário de sua concentração. Debaixo de bombas de gás, os manifestantes foram até o sindicato dos metroviários, local onde estava a manifestação organizada pela Conlutas e Intersindical. Chegando lá, a política da burocracia de esquerda foi de manter a “sua” manifestação separada da outra e não unificar. No momento que houve novamente a repressão policial, os burocratas sindicais correram para dentro do sindicato e chamaram “seu” ato para entrar e fechar os portões, deixando os demais manifestantes para fora em meio ao cerco policial.

Foi neste contexto em que houve as agressões. O POR e independentes foram impedir que o portão fosse fechado enquanto houve manifestantes do lado de fora. Não aceitávamos separar o movimento a fim de entregar uma parcela dos lutadores para a repressão. Ouvimos de militantes do PSTU os discursos mais reacionários para justificar o fechamento dos portões, desde “os black blocs são os culpados pela repressão policial” até “este é o sindicato dos metroviários, nós é que decidimos sobre ele e então nós vamos fechar os portões”.

Militantes mulheres do POR levaram empurrões, puxões de cabelo, além de serem esmagadas contra o portão. Um independente que estava conosco segurando o portão levou uma gravata, foi jogado no chão e teve sua camiseta rasgada! O PSTU se utilizou do aparato e do método da agressão física, tão típico das burocracias gangsteris. Isso tudo para garantir sua pseudo proteção no sindicato e entregar os que eles intitulavam como “black blocs” para a polícia.

Quem escreve esta matéria estava segurando o portão quando um diretor do Sindicato, membro do PSTU, passou a me puxar para que eu saísse dali. Sem sucesso, chamou outro militante do PSTU (ao que tudo indica chamado de “Pink”), que me deu uma gravata para me tirar do portão. Caído no chão, levei alguns pontapés e um soco no nariz do militante do PSTU chamado “Pink”. Algumas pessoas, ao invés de segurarem o agressor, me seguraram e me retiraram dali.

Uma vez recuperado, fui ao agressor e lhe perguntei de que corrente era. Negou-se a responder, apesar de minha insistência. Outro militante do POR procurou sabe-lo, e novamente ele se negou a dizer. A identificação do nome/apelido do agressor foi feita por um militante de base do PSTU, que apoiou a necessidade de fazer a denúncia.

Denunciamos o método gangsteril de agressão física para impor uma política, e, pior, para impor a decisão de servir os Black blocs de bandeja à repressão. Agir com o método do que há de pior na burocracia sindical está de acordo com a decomposição política do centrismo, expressa na decisão de favorecer a repressão contra os Black blocs.

Os movimentos sociais, inclusive o movimento dos metroviários, devem rechaçar a política gangsteril e ainda mais a entrega de companheiros à polícia. A base da militância do PSTU também não deve aceitar tal política. O que ocorreu no dia de hoje não pode ser aceito, nem se repetir, deve ser banido dos movimentos sociais.

É inaceitável a imposição de medidas burocráticas ao movimento com base na violência física! É inaceitável deixar companheiros de luta para serem massacrados pela polícia enquanto fogem com seus militantes para o sindicato do qual são direção e impedem a entrada daqueles com quais têm divergências políticas!