segunda-feira, 11 de junho de 2012

Todos aos barulhaços contra a repressão na USP

Todos aos barulhaços contra a repressão!
Terça, 12/06, e Quarta, 13/06, 9h – em frente à Procuradoria Geral Disciplinar (Rua Alvarenga, 1416)
Barrar os processos políticos contra estudantes e trabalhadores!

     O reitor-interventor da USP, Grandino Rodas, continua sua política ditatorial contra os movimentos dos que estudam e trabalham na USP. Se a USP já era a universidade mais antidemocrática do país, agora é expressão do autoritarismo repressivo que tem sido desfechado pelos governos contra os movimentos sociais.
     Fora dos muros da universidade, os operários da construção civil em greve são reprimidos pela polícia e até assassinados; o funcionalismo sofre com a aplicação da lei antigreve, que pune os sindicatos e estabelece a greve sem paralisação de atividades; os sem-teto são despejados com violência de guerra social de suas moradias, como no Pinheirinho (S. José dos Campos); sem-terra são assassinados à luz do dia sem punição aos assassinos ou mandantes.
     Nas universidades, sindicalistas são demitidos e processados, e até impedidos de realizar suas funções elementares de comunicação com os trabalhadores; estudantes são processados por ocuparem prédios destinados originalmente à moradia e usados irregularmente para funções escusas, ou por fazerem ocupações (48 estudantes na Unifesp/Guarulhos e mais de 50 na USP); ou apenas por se manifestarem em atos públicos (novos processos políticos contra sindicalistas do Sintusp pelo ato de se manifestarem em 16/05/12 contra os processos políticos).
     O acirramento do autoritarismo na universidade serve aos propósitos da burocracia que governa autoritariamente a fim de impor a aplicação de suas políticas privatistas, elitistas e de precarização. Para servir a interesses da minoria (poder econômico), os burocratas governam através do terror da perseguição política, ressuscitando para isso o regimento disciplinar da ditadura militar (de 1972). A democracia universitária é incompatível com a imposição de medidas contrárias ao ensino público e favoráveis ao parasitismo de uma minoria.
     A defesa da universidade pública e o caminho para conquistar a democracia universitária passam neste momento pela defesa dos estudantes e trabalhadores sob repressão política. É preciso barrar os processos políticos e garantir a liberdade de organização e manifestação. Não é possível sequer haver livre discussão na universidade sob o terror da ditadura do reitor-interventor.
     Pelo fim de todos os processos políticos contra estudantes e trabalhadores! Readmissão do diretor sindical Brandão e dos estudantes eliminados politicamente!
     Todos aos barulhaços dos dias 12/06 e 13/06!

Todo apoio à greve das federais!!
Em defesa do Ensino público!

     Os professores das universidades federais estão em uma greve quase que geral. Em toda parte, os estudantes se solidarizam com as reivindicações dos professores por reconhecerem que estão submetidos a uma condição de trabalho e a um regime salarial vergonhosos. Entendemos que as exigências dos professores ganham importância se o movimento grevista nacional se colocar claramente pela defesa do ensino público e gratuito, por uma universidade científica, vinculada à produção social (una teoria à prática) e controlada por quem estuda e trabalha.
     Os professores são parte do sistema público sucateado pela política privatista dos governantes e têm o dever social de se contrapor à sua decadência. Os estudantes são a principal força social da universidade pública e por isso são elemento fundamental na mobilização por sua defesa.
     Devemos todos participar da luta em defesa da universidade pública e gratuita – verdadeiramente aberta ao acesso aos trabalhadores –, combater as políticas de sucateamento, precarização do trabalho e privatização, e enfrentar com unidade a repressão governamental que se realiza sobre todos os movimentos sociais, seja pela lei antigreve, pela ação direta da polícia ou por processos políticos.
     Os trabalhadores e a juventude utilizam os recursos que têm para resistir à inflexibilidade do governo e da burocracia universitária em atender as reivindicações: a mobilização com greve e ações de rua. Não se acomodam, conscientes de que protagonizam uma luta que vai além dos muros das universidades federais. Esse esforço se volta em favor dos milhões de jovens que não podem continuar seus estudos. Volta-se em favor dos milhares que conseguiram acessar as federais e que nelas não encontram uma verdadeira universidade, mas tão somente uma carcaça.
     Os professores não poderão cumprir a tarefa de educadores, se não se lançam junto aos estudantes na defesa do ensino público e gratuito; se não se contrapuserem veementemente ao sistema empresarial do ensino e à funesta mercantilização do conhecimento. É sob esta perspectiva que nos colocamos ao lado da greve e lutamos por sua vitória!
     A unidade grevista dos estudantes, professores e funcionários é decisiva para a vitória do movimento. A sua derrota implica atrasar as conquistas em favor do ensino público e gratuito. Ao contrário, nossa vitória projeta um futuro da universidade viva e socialmente importante para o conhecimento.
     Viva a greve das universidades federais!
     Toda força a unidade grevista pelo ensino público e gratuito!
     Todo apoio às greves e ocupações estudantis, todos pela vitória!
     Todos ao ato nacional de apoio à greve das federais!

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