quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Retomar o movimento na Farma!

Erlen Meier - Catalisador

Os problemas continuam: retomar o movimento na Farma!

Que o CAFB marque imediatamente a próxima assembleia.

Um breve histórico

Após o movimento de ocupação da reitoria e a decisão por greve geral, a pequena movimentação que existia na farmácia se avolumou. Tivemos uma primeira assembleia que discutiu aderir ou não a greve. Devido a falta de tradição, deliberou-se por só entrar em greve caso a assembleia tivesse um quórum de 10%. Faltando apenas duas pessoas para o quórum a greve não foi deflagrada, apesar da ampla maioria presente ser favorável. Diante de tal situação, a tendência por greve estava posta. Na assembleia seguinte (09/10), atingiu-se o quórum e deflagrou-se greve.

Rapidamente, estudantes conservadores começaram a se manifestar através do facebook. Não buscavam nenhuma discussão. Não queriam saber quais eram as reivindicações ou o porquê da greve, apenas esbravejavam contra a paralisação das aulas. Mesmo assim a greve aconteceu, apesar de não conseguir paralisar todas as aulas. A comissão de mobilização tirada em assembleia realizou atividades de discussão política e buscou paralisar aulas.

A assembleia do dia 14/10 contou com cerca de 270 estudantes, uma grande quantidade. A parcela conservadora buscou anular qualquer discussão, queriam apenas o fim da greve. Aqueles que apoiaram a greve, mas não participaram ativamente das atividades, sentiam a pressão do calendário acadêmico. Com isso, a assembleia aprovou o fim da greve.

As reivindicações: o porquê do movimento

Nenhum movimento se levanta sem um motivo. Apesar disto parecer óbvio é preciso ser dito. E por quê? Porque o setor conservador, contrário a greve por princípio, se nega a enxergar que existem necessidades dos estudantes da farma e necessidades mais gerais que estão sendo atropeladas. Esse setor acaba influenciando uma parcela dos estudantes que sente a necessidade de mudanças, que só conseguiremos com luta.

A greve geral da USP se deu no marco da luta por democracia: quando se esgotaram as vias institucionais (o CO é a mais alta no nível de hierarquia) o movimento necessitou ir além, neste caso com a ocupação da reitoria e com a greve geral.

Mas qual a necessidade de termos uma universidade democrática? É simples: a falta de democracia faz com que o interesse de uma minoria se sobreponha ao da maioria. E como nos afeta? No âmbito geral, com processos contra estudantes e trabalhadores que lutam por seus direitos, por falta de permanência estudantil, dentre outros. No âmbito particular da farma, com uma grade curricular que não corresponde a nossa realidade, com a proibição de divulgação de nossas atividades com cartazes na marquise, dentre outros.

Como alcançamos essa democracia? Esta tem a resposta um pouco mais complicada. O que temos hoje é uma deliberação da assembleia geral dizendo que é através das eleição diretas paritárias para reitor. Nós achamos que esta não é a resposta, pois conserva a estrutura de poder da minoria que já hoje manda na universidade. Mas sobre este ponto, desenvolveremos melhor em outro boletim.

O movimento da farmácia se fortaleceu com o movimento geral, mas nossa reivindicação principal era o problema da grade. A importância de entrar em greve neste momento foi, e ainda é, justamente a conquista de nossas reivindicações (leia-se nossa como estudantes da farma e da USP). Se a grade não corresponde a nossa realidade é devido ao fato de uma minoria ter decido seu formato sem nenhuma, ou quase nenhuma, participação daqueles que de fato fazem o curso, que somos nós estudantes. E a falta de participação nas decisões é justamente o ponto de partida do movimento geral.

A pergunta que fica é: conseguimos alguma de nossas reivindicações? Até agora não. Esta indagação nos leva a entender porque e mobilização dos estudantes e a greve ainda são uma necessidade da farma. A greve por 3 dias, mostrou que os estudantes da farma também estão dispostos a lutar. E esse é o principal balanço que devemos ter. Daqui pra frente precisamos aprofundar a discussão e conseguir mobilizar os estudantes até a conquista das reivindicações.

É preciso de uma nova assembleia para organizar o movimento

Desde o fim da greve que a farmácia não tem uma assembleia. A ultima referendou todas as nossas bandeiras, ou seja, nossas reivindicações continuam de pé. Agora é preciso seguir adiante, com uma assembleia que organize nossos próximos passos. A negociação com a reitoria e o movimento geral está acontecendo e a farma está concretamente alheia. Se concordamos com as reivindicações, precisamos discutir, mesmo sem greve, como pressionar a reitoria pelo atendimento das reivindicações.

Hoje existem 13 delegados da farma no comando de greve geral, o que claramente não é reflexo da nossa mobilização. Fizemos uma questão de ordem sobre isso na reunião do comando de greve. Erramos, pois só a assembleia da farma é que pode rever seus delegados, ou a assembleia geral rever os critérios do comando. Porém não há assembleia marcada aqui, o que gera um impasse e nos conduziu ao erro de método. Se queremos fortalecer o movimento geral, precisamos mobilizar a farmácia e não criar uma representação artificial. Por isso reiteramos que é preciso que o CAFB marque a próxima assembleia dos estudantes de farmácia.




Muitas questões levantadas durante o movimento da farma ainda precisam de resposta. O Catalisador irá respondê-las em suas próximas edições. Dentre elas ressaltamos

  • Os métodos de luta: por que fazer greve, piquetes e ocupações?
  • A representatividade da assembleia: a dita vontade da maioria.
  • A forma de governo: reitoria eleita com voto paritário/universal ou governo tripartite?
  • A forma de organização do movimento geral: o comando de greve
  • Estatuto do CAFB e o funcionamento do movimento estudantil da farma

terça-feira, 29 de outubro de 2013

A negociação de Rodas é uma farsa!

A negociação de Rodas é uma farsa!

Ampliar a greve e fortalecer a ocupação, ir às ruas e aumentar a pressão sobre a reitoria!

Depois de quase um mês de ocupação, greve e manifestações, a reitoria não cedeu nada de fato:

  1. Faz a negociação fora da USP, num prédio comercial afastado da pressão da mobilização, e onde a polícia requisita os dados pessoais dos estudantes que estão na comissão de negociação, com vistas a futuros processos. Até agora, nem mesmo o local da negociação foi cedido pela reitoria.
  2. Não cedeu um milímetro em relação a possíveis processos e sindicâncias contra estudantes da mobilização atual, nem em relação aos processos anteriores (ocupação de 2011, Moradia Retomada etc.), nem às eliminações de estudantes, nem à demissão política do funcionário Brandão.
  3. Não cedeu um milímetro em relação às reivindicações por eleições diretas para reitor. Não cogita anular o C.O. de 01/10, não suspenderá o atual processo eleitoral em andamento.
  4. Não se pronunciou sobre as demais reivindicações, como a devolução dos blocos K e L, etc.
  5. As “propostas” que fez na negociação são todas vazias: a) o não cancelamento do semestre é prática normal em todas as greves que ocorreram até hoje, nunca se cancelou semestre por causa de greve – assim, não cedeu nada aqui também; b) a proposta de estatuinte já estava em discussão no C.O., tendo sido inclusive aprovada por maioria em 01/10, mas não alcançou ainda os 2/3 necessários – portanto a proposta não avança nada nisso; c) propôs religar a água e luz na reitoria, desligados criminosamente durante a ocupação, em “troca” da devolução da torre do relógio da Praça Central da USP, relógio que nunca foi ocupado, foi apenas destrancado para que se fixassem ali faixas – aqui a reitoria faz teatro para dizer que há concessões de ambos os lados na “negociação”.

A assembleia de 25/10 discutiu as propostas da reitoria. Muito dividida, votou por margem de menos de 10 votos aceitar duas das propostas da reitoria: o não cancelamento do semestre e a devolução do relógio. Rejeitou a estatutinte de Rodas reivindicando em seu lugar uma livre, soberana e democrática (como se isso fosse possível sob o poder da casta autoritária que dirige a universidade). Nessa votação, a Corrente Proletária insistiu que não tem sentido negociar questões de democracia sem que exista uma garantia contra os processos. Que democracia pode haver sob a repressão e perseguição políticas? Como “vitória” do movimento de ocupação da reitoria de 2007, realizou-se um congresso estatuinte em 2008. Aconteceu que processos contra estudantes que ocuparam a reitoria foram abertos e o congresso contou apenas com a participação de professores (pois funcionários estavam sendo impedidos de participar e a categoria deliberou por não participar sob coação, e os estudantes decidiram não participar sem os funcionários). Apesar de tudo isso, a direção do DCE defendeu que se negociasse sim a estatuinte sob a existência e ameaça de processos. Uma posição de capitulação diante do reitor.

O movimento erguido a partir de 1/10 sofre com a ameaça de, na farsa da negociação de Rodas, arranjar-se um meio de por fim à luta sem que as reivindicações sejam atendidas minimamente. Não há nenhum avanço na posição do reitor. É preciso aumentar a pressão sobre ele e o governo. Isso se faz ampliando a greve, fortalecendo a ocupação e voltando às ruas, em unidade com os demais estudantes e movimentos sociais.

As tarefas do movimento grevista

1)Acabar com os processos, futuros e passados

Nossa luta começou em defesa da democracia na universidade. Para sermos consequente não podemos aceitar que nenhum processo. Devemos rechaçar a política capituladora posta pelo PSOL/PSTU na ultima assembleia. Não existe democracia quando estudantes e trabalhadores são processados e punidos por lutarem. Se o fim dos processos é eixo de nossa greve, então que não saiamos da greve até o fim de todos os processos!

2)Retomar os blocos K e L

O movimento tomou esta reivindicação como eixo. Agora cabe organizar os estudantes que precisam de moradia para transformar os blocos K e L em Moradia Retomada tamanho família. Na negociação com a reitoria, deve-se cobrar o reconhecimento da devolução dos blocos e que sua ocupação esteja sob controle do movimento estudantil, não da burocracia da assistência social (SAS).

3)Realizar atividades diariamente no movimento geral, romper o corporativismo

Um problema que é fácil de detectar é o restrição de atividades de forma isolada nos cursos, ou até mesmo a falta delas. São poucos os atos de rua ou mesmo dentro da universidade. E sem ações de greve, mesmo os estudantes que apoiam a greve deixam de vir para a universidade e pressionar o reitor e o governador para atender nossas reivindicações. Limitar o movimento a um ato “grande” por semana obedece um ritmo de período de aula e não serve para uma greve, onde os estudantes estão livre das atividades acadêmicas justamente para se manifestar politicamente. Precisamos nos apoiar nos cursos mobilizados para levar a luta a todas as unidades, para que a nossa greve aumente sua força e derrote o reitor/governo!

4)Realizar um ato na quinta (31/10) na reitoria da UNESP

Na manhã desta quinta-feira, ocorrerá o Conselho Universitário da UNESP, com pauta de eleições paritárias e orçamento. Os estudantes estão organizando um ato em frente à reitoria, com concentração às 10h no teatro municipal. Sua luta é em defesa da democracia, da permanência estudantil, do direito de lutar, enfim em defesa da universidade pública. Hoje, mais 113 estudantes estão sendo sindicados por terem ocupado a reitoria em defesa de suas reivindicações. São perseguidos políticos, como os estudantes da UNIFESP de Guarulhos, da UFMT, da USP, como os manifestantes de junho, os professores do Rio, os “Black Blocs” em São Paulo, como o diretor do Sintusp Brandão, os operários de Jirau – RO, as lideranças camponesas asEscreva para Caixa Postal 01171 - CEP 01059-970 - São Paulo - SP - proletariaestudantil@yahoo.com.br sassinadas com o aval do Estado, dentre outros exemplos. Devemos tomar como nosso o ato do dia 31. Precisamos por peso, por aquela luta é a nossa luta. Somos todos lutares, processados e perseguidos. Combatamos a escalada repressiva das reitorias e dos governos, defendamos a universidade pública. Contra a ideia da força, a força do movimento nas ruas!

5)Eleger os delegados ao comando de greve em cada assembleia. Que os demais cursos mandem um só representante

Os delegados devem ser reeleitos assembleia a assembleia para que sejam expressão da mobilização real dos cursos. Aqueles cursos onde não foram realizadas assembleias entre as reuniões do comando não devem ter toda sua delegação, pois a falta de assembleia expressa a desmobilização. O comando de greve deve expressar a greve e os grevistas. Se há cursos que não estão em greve, então que o comando discuta quais são as ações políticas que irá realizar para trazê-los para a greve.

6) Muros da São Remo: símbolo da elitização da USP

Nem sempre a USP foi rodeada por muros. Na praça do relógio, existia um campo de futebol que as pessoas podiam usar livremente. A partir da década de 90 é que começa o isolamento físico da universidade do resto da cidade. Hoje a universidade é fechada. Nos finais de semana isso é mais claro: só quem tem vínculo USP pode entrar. Aliás, quem tem vínculo USP, ou quem têm vínculo com as empresas privadas que usam o espaço público da universidade. Foi apresentada na assembleia geral a proposta de derrubada dos muros que separam a São Remo da USP, como um símbolo e um marco de que o movimento estudantil combata a política elitista e segregacionista da universidade.

A defesa de que não sabemos se os moradores da São Remo são favoráveis ou não a derrubada do muro, feita pelo PSOL/PSTU no CCA, só serve à politica elitista da burocracia universitária. Qual é a posição dos moradores, organizados em sua associação, a respeito? Afinal, passarela da USP até o parque Vila Lobos pode, mas moradores da São Remo na USP não?

Manifesto de professores da FFLCH: os reacionários fantasiados de progressistas mostram as garras contra a greve estudantil

A imprensa burguesa tem dado destaque ao manifesto assinado por 190 professores da FFLCH que reivindicam o fim dos piquetes a fim de que se possam retomar as aulas. Ou seja, dizem apoiar a greve, mas querem que haja aula. Sem entrar na total falta de sentido lógico de tal “ideia”, a verdade é que esses professores se colocaram como instrumentos de ataque ao movimento. Muitos desses professores são autoproclamados “progressistas”. Outros foram contratados graças à greve estudantil de 2002, que durou 106 dias e, sem aulas, realizou manifestações de rua todas as semanas, até que o então governador Alckmin e seu reitor cedessem às pressões da luta dos estudantes e abrissem 91 vagas na faculdade. Muitos desses contratados cospem no prato em que comem.

De conjunto, esses professores revelam que suas relações materiais com a estrutura autoritária vigente se impõem aos seus discursos pseudodemocráticos.

A greve estudantil, ao contrário do que afirma o editorial do jornal O Estado de S. Paulo em apoio ao manifesto dos professores da FFLCH, não é uma ação de uma minoria radical. Toda greve só se realiza como tal se contar com o apoio ou neutralidade da maioria, ainda que esta não se mobilize nas assembleias e manifestações. É falsa a afirmação dos lobos docentes em pele de cordeiro que dizem que a maioria está contra os piquetes ou a greve. A verdade é que existe uma minoria, esta sim bem radical, que pretende impor seus interesses particulares sobre os da maioria, impondo a realização de aulas, apuração de frequência, entrega de trabalhos e realização de provas de forma que ataquem a vida escolar dos que estão nas ruas lutando por todos. Uma minoria que não respeita as decisões coletivas. Uma minoria hipócrita que afirma que o democrático é deixar que individualmente possam destruir o movimento da maioria.

Não, reacionários fantasiados de progressistas, vocês não querem a remoção dos piquetes para que haja “diálogo” e convencimento. Querem é para garantir seus interesses mesquinhos e inconfessáveis. Quanta demagogia: “trabalho universitário sério e precioso, que nutre nossas esperanças de um futuro mais digno e socialmente justo”. O que pretendem com a remoção dos piquetes e volta das aulas é a garantia de que possam participar daquelas viagens, congressos, fazer aqueles concursos, cumprir metas vinculadas à distribuição de verbas, e por aí vai.

Está aí porque a democracia na universidade depende da ação dos estudantes. Os que têm interesses particulares ligados ao poder burocrático jamais moverão uma palha que atrapalhe suas mesquinharias.

O governo tripartite é a expressão da real autonomia e democracia universitárias. A defesa do ensino público e gratuito a todos, por meio da estatização sem indenização e controle coletivo pelos que estudam e trabalham, é a bandeira de unidade com a juventude excluída do direito de estudar.

O movimento estudantil na USP deu um grande salto quando, na primeira assembleia de greve, votou a bandeira do governo tripartite, com mandato revogável e subordinado à assembleia geral universitária (apesar de não ter aprovado o voto universal). Não é à toa que essa é a bandeira mais atacada pela imprensa reacionária quando critica a greve estudantil e defende a escolha do reitor pelo mérito dos professores. O Estadão voltou a atacá-la no último sábado.

A estrutura burocrática autoritária é a forma da burguesia e seus governos controlarem a universidade à revelia da vontade e necessidades da maioria. Essa estrutura não tem como ser democrática, porque foi feita para ser autoritária. Por isso, é utópica a chamada “democratização” das instâncias autoritárias. Elas têm de ser destruídas pela mobilização dos que estudam e trabalham. A luta cria novas formas organizativas, fundamentadas na assembleia geral, e será o meio de conquistar a real autonomia universitária, que consiste na independência em relação aos governos e a burguesia. Ela só poderá existir assentada na soberania da assembleia geral universitária. A eleição de todos os cargos pelo voto direto e universal, com revogabilidade de mandato, garante a aplicação da democracia universitária na constituição do novo governo. Essa conquista depende da luta mais geral dos explorados contra os governos. Será uma conquista do proletariado e dos estudantes contra a burguesia e seus governos. Criará as condições para por fim à universidade burguesa, elitista, repetitiva, decorativa, com teoria e prática divorciadas, para por em seu lugar uma nova universidade, em que os trabalhadores que a sustentam a dirijam e transformem profundamente.

É preciso que os estudantes levantem sempre bandeiras e propostas de ação que permitam uni-los à luta dos explorados contra os exploradores. O primeiro passo nesse sentido é a defesa da reivindicação que coloca a unidade da juventude, na sua maioria excluída do direito universal à educação em todos os níveis: a estatização sem indenização da rede privada de ensino e controle coletivo pelos que estudam e trabalham. Somente o ensino único, público, gratuito e estatal, dará um passo concreto para efetivar o acesso de toda a juventude à educação em todos os níveis.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Ao comando de greve da USP

Fortalecer a greve, unificar os movimentos e tomar as ruas

A primeira reunião do comando de greve tem tarefas centrais concretas para fortalecer nossa luta dentro e fora da universidade.

Fortalecer a luta contra a repressão:

  1. Realizar com o conjunto dos movimentos reivindicatórios uma passeata até o Palácio dos Bandeirantes. Nossa luta foi brutalmente reprimida na terça-feira. Mas não fomos os únicos: também em São Paulo o movimento por moradia foi atacado, no Rio mais de 200 professores foram detidos e dezenas continuam presos. Se o governo nos ataca, respondemos com um movimento mais massivo. É preciso voltar ao trajeto que a repressão policial impediu de concluir, sob pena de acatar a imposição do governo por meio da violência da PM, e que repercute sobre os movimentos. Às ruas para projetar nosso movimento para o conjunto dos explorados e unificar com os demais movimentos em curso. Ao Palácio dos Bandeirantes, impor pela força das massas nas ruas o atendimento de nossas reivindicações e enfrentarmos o governo do Estado que responde ao ato em solidariedade aos professores do Rio de Janeiro e por democracia com cassetetes, balas de borracha, bombas de efeito moral e dezenas de prisões. Nosso movimento é legítimo e vamos até o Palácio! Não aceitamos nenhuma repressão!
  2. Organizar e fortalecer o comitê estadual contra a repressão. Na sexta-feira haverá uma reunião do comitê na ocupação da reitoria às 20h. Devemos fortalecê-lo e convocar o conjunto dos movimentos reprimidos para organizar nossa resposta. O comando deve articular contato com todos os movimentos reprimidos no dia 15/10 para que compareçam no comitê e fechemos lá nosso ato unificado de 22/10 para responder à repressão geral.
    A tendência repressiva aos movimentos sociais coloca a necessidade de uma resposta pelo conjunto dos que se mobilizam. Pelo direito irrestrito de organização e manifestação. Fim da Lei Nacional de Segurança! Fim dos decretos contra as máscaras! Toda força à organização da luta contra a repressão e em defesa dos movimentos reivindicatórios!

Fortalecer a greve e a ocupação

  1. Parar toda universidade, apoiando-se nos cursos mobilizados para paralisar as aulas dos menos mobilizados. Devemos nos apoior onde há luta para projetar a greve e paralisar toda a universidade. Para isso, devemos usar todos os meios disponíveis, dentre eles o do arrastão que pare todas as aulas: paremos a química, a farma, o IME, a POLI e todos mais que estão em aula!
    Paremos também a universidade trancando seus portões!
  2. Calendário de greve na reitoria. Nossa ocupação deve servir como trincheira de luta. O comando deve trazer as atividades dos cursos para a ocupação, unificando-as. Enquanto o calendário da ocupação diferir do calendário dos cursos não conseguiremos atingir o nível de coesão e fortalecimento que nosso movimento precisa para impor uma derrota à reitoria e ao governo autoritários.
  3. Convocar os movimentos para a ocupação. Nosso movimento precisa se projetar para além da universidade. Os atos de rua cumprem esse papel. Mas, podemos e devemos transformar a ocupação de nossa reitoria em ponto de organização geral dos movimentos reivindicatórios, que enfrentam o mesmo governos que agora enfrentamos. Isso passa por construir um calendário de atividades em conjunto com os movimentos de fora da universidade.

Organizar a negociação com a reitoria

A negociação com a reitoria deve expressar a pressão do conjunto do movimento grevista e suas reivindicações. Por isso é imprescindível que o comando de greve, com seus delegados eleitos nas assembleias de curso, assuma a negociação com o reitor. São os estudantes na luta, expressando a mobilização nos cursos, quem deve encarar a reitoria na negociação. Os diretores do DCE que estiverem na linha de frente do movimento estarão integrando o comando e serão expressão dessa mesma organização. Uma negociação feita exclusivamente pelo DCE excluiria grande parte dos que organizam a luta.

Organização da retomada do K e L

A assembleia deliberou como eixo a devolução dos blocos K e L. Todos os blocos de moradia hoje utilizados foram frutos de ocupações (o A1 da ocupação da reitoria de 2007 e os demais de ocupações próprias). Cada delegado do comando deve levar aos seus cursos a organização dos estudantes que precisam de moradia e tiveram este direito ceifado pelo processo obscuro de seleção da assistência social (SAS/COSEAS). Cumpre papel fundamental também a associação de moradores (AMORCRUSP), que inclusive tem o contato de vários destes estudantes. Com a organização geral dos excluídos da moradia, avançaremos para a concretização da retomada do K e L de volta para a moradia.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Unificar os movimentos a partir das reivindicações gerais e na ação coletiva

Unificar os movimentos a partir das reivindicações gerais e na ação coletiva

Tem crescido o movimento grevista, de ocupações e bloqueios. Operários da Toyota em greve, bancários e correios estiveram por quase um mês em greve nacional. Os petroleiros estão com indicativo de greve para o dia 17 de outubro. Professores da rede estadual e municipal mantêm uma greve heroica com dura repressão policial no Rio de Janeiro. Há uma greve generalizada do funcionalismo público em Natal, Rio Grande do Norte. Estudantes da USP, Unicamp e UECE ocupam suas reitorias. O movimento indígena bloqueia estradas contra o projeto de lei que acabam com a demarcação de terras.

As greves e outros movimentos somente não estremeceram o país devido à enorme divisão imposta pela burocracia sindical corporativista e conciliadora. No dia de hoje haverá manifestações por todo o Brasil em defesa da educação pública, mas também acontecem sem uma organização unitária. A bandeira comum a todas é a da educação pública e defesa dos professores do Rio de Janeiro, que foram brutalmente reprimidos na luta contra um plano de carreira precarizante.

Precarização e repressão andam lado a lado

Enquanto o funcionalismo vem sendo precarizado com reajustes salariais que não re- põem sequer a inflação, com planos de carreira que atacam as condições de trabalho e de salário, no Congresso Nacional está para ser votado o PL-4330, que amplia a terceirização. A classe operária e os demais assalariados estão prestes a receber um golpe na nuca. A CUT, Força Sindical, CTB, CSP-Conlutas, etc. ensaiaram uma resistência, mas não foram além de algumas manifestações. Não assumiram decididamente derrubar a ofensiva empresarial. As condições de greve e lutas espalhadas por todo o país, no entanto, permitiam organizar a greve geral. A derrubada do PL-4330 é do interesse geral dos assalariados. Os explorados já têm suficiente experiência com a terceirização para rechaçá-la em greve e nas ruas. Faltam trabalho e organização das Centrais e sindicatos. Perde-se o momento em que as tendências de luta vêm à tona.

A resposta dos governos ao ascenso do movimento, que vai às ruas contra os ataques dos capitalistas, é a repressão, como a investida contra os professores no Rio de Janeiro ou a criação de decretos que proíbem a utilização de máscaras em manifestações (CEIV) e prisões de manifestantes em suas casas. Em São Paulo, ressuscitam a Lei de Segurança Nacional, instrumento criado pela ditadura militar para prender sem direito à fiança os manifestantes contra o regime.

Os capitalistas e seus governos se armam para conter as massas insatisfeitas com o aumento da opressão (desemprego, rebaixamento do piso salarial, planos de carreira antioperário, aumento do custo de vida, avanço das privatizações, destruição dos serviços públicos como educação, saúde e previdência etc.). Em período de vacas magras, se esgotam as fontes de contenção pelas vias assistencialistas, pelos mecanismos financeiros de endividamento (empréstimos). A força física e das leis burguesas serão os instrumentos usados contra as massas insatisfeitas por terem de carregar o peso da crise capitalista.

Estamos diante de uma situação propícia para organizar um movimento nacional unitário dos explorados, sobre a base de reivindicações que de fato defendem a vida das massas, porém não temos uma direção classista e revolucionária à altura dos acontecimentos.

A defesa da maioria explorada é a defesa do salário e do emprego

A resposta das massas deve ser a unidade na ação, nas ruas. Cabe às organizações sindicais, estudantis e populares organizarem esta unificação. Está na ordem do dia um só movimento de defesa da vida de todos os explorados, na defesa do trabalho a todos e dos salários.

Por um salário mínimo vital que atenda a todas as necessidades de uma família de quatro pessoas – em nossos cálculos equivale a R$4.000,00 – corrigido automaticamente de acordo com a inflação – escala móvel de salários.

Pelo direito irrestrito de se organizar, expressar e se manifestar pelas reivindicações.

Abaixo a repressão! Abaixo a Lei de Segurança Nacional! Abaixo o decreto contra o uso de máscaras!

Constituir uma frente de luta para combater e derrotar os capitalistas e seus governos, pelas reivindicações gerais das massas!

A força das massas está nas ruas!

Defender os lutadores contra a repressão!

Para podermos avançar na luta é imprescindível que defendamos os camaradas que estão sendo perseguidos politicamente. Por isso, chamamos todos os lutadores a:

2ª Reunião do Comitê Estadual contra a Repressão
Sexta, dia 18/10, às 20h, na Reitoria Ocupada da USP

terça-feira, 8 de outubro de 2013

As assembleias mostraram que a farma quer greve!

Erlen Meier - Catalisador

As assembleias mostraram que a farma quer greve!

Semana passada aconteceu a assembleia da farma que discutiu o movimento que esta acontecendo na USP. Nela discutimos a adesão da farmácia à greve geral e quais seriam nossas bandeiras. O encaminhamento da greve se deu da seguinte forma: se houvesse quórum de 10% dos estudantes na assembleia e a maioria votasse pela greve, então ela estaria decretada. A maioria esmagadora dos presentes votou pela greve imediata. Mas faltaram dois estudantes para atingir o quórum estabelecido. Isso mostra que existe uma tendência pela greve na farma. Na assembleia de hoje, precisamos aprová-la e se incorporar ao movimento grevista geral.

A greve é importante porque libera os estudantes das tarefas acadêmicas (e são muitas!) e possibilita a participação nas atividades políticas do movimento. A ocupação da reitoria serve como medida de força para o atendimento de nossas reivindicações. Através dos meios institucionais nos foi negado até o direito de assistir a reunião do Conselho Universitário que decidiu a nova forma de eleição para reitor. A medida de força foi então uma expressão do esgotamento desta via. Até o presente momento a reitoria segue intransigente perante nossas reivindicações, tendo sequer negociado. Assim, a continuidade da ocupação é uma necessidade.

Greves inéditas

Desde o inicio do movimento grevista muitas unidades aderiram. O curso de Relações Internacionais decretou a primeira greve estudantil de sua história. Isso mostra que mesmo em cursos sem tradição grevista é possível realizá-la. Se a farma não tem essa tradição, então a nossa ultima assembleia mostrou que este é o momento mais propício para iniciar esta tradição de luta.

Bandeiras do movimento geral e da Farma

Na ultima assembleia discutimos se iríamos aderir ao movimento com as bandeiras tiradas na assembleia geral ou com bandeiras próprias. Foi aprovado que iríamos com bandeiras próprias, que no caso foi a de “eleição direta paritária para reitor”.

O Catalisador faz uma autocrítica neste ponto, pois não esclareceu que não havia oposição entre defender as bandeiras do movimento geral e aprovar bandeiras próprias. Devemos ratificar a luta da farma como parte da luta geral, o que significa que iremos lutar pelas bandeiras que forem aprovadas pela assembleia geral. E isso só é possível, pois o essencial do movimento é apoiado por nós. Por outro lado, também é importante que se tire quais são as bandeiras gerais que a farma avalia como as mais corretas. Essas bandeiras devem ser levadas ao movimento geral para serem disputadas e serem aprovadas ou não, de acordo com votação de maioria e minoria. Isso é importante porque em um movimento geral de tamanha magnitude a unidade é fundamental.

O tal do “governo tripartite”

O Catalisador avalia que a bandeira geral mais adequada para responder à estrutura de poder antidemocrática é a de governo tripartite, eleito com voto universal, com mandatos revogáveis e submetido à assembleia geral universitária.

Defendemos esta forma de governo, pois ela será representante da maioria dos que estudam e trabalham. Hoje temos fundações e indústrias que ditam o que será pesquisado pela universidade. No Conselho Universitário, por exemplo, há cadeiras para a FIESP (Federação das indústrias) e para o agronegócio. Essa estrutura acaba levando à exclusão de certas pesquisas, como de doenças negligenciadas (malária, leishmaniose etc.) devido à sua baixa rentabilidade. Ou seja, a atual estrutura atende aos interesses de uma minoria que detém o controle da universidade.

O governo tripartite acabará com este tipo de lógica: uma de suas primeiras tarefas é a da acabar com as privatizações, ou seja, de acabar com as fundações e terceirizações. Isso por que este governo será expressão da luta do conjunto da universidade e não de uma minoria com o poder.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Tarefas do movimento grevista da USP

Tarefas do movimento geral:

Organizar a mobilização, expandir a greve, fortalecer a ocupação!

Nossa greve geral está decretada e cresce nos cursos. Está na ordem do dia a tarefa de organizá-la, o que passa por:

    Discutir a necessidade de um comando de greve geral.

O comando serve para encaminhar e organizar todas as atividades tiradas em assembleia geral. O movimento precisa deste órgão para se dinamizar. Este é o órgão por onde se executará a organização unitária da luta geral.

    Levar aos cursos que estão com indicativo de greve a necessidade de entrar em greve.

Nossa luta é de todos os que estudam e trabalham na universidade. Muitos cursos tiraram apoio ao movimento e indicaram greve. Agora as greves de curso, que se alastraram por diversos institutos e faculdades, devem ser o apoio para que entre em greve todo o resto da universidade!

    Aprovar a defesa dos processados políticos.

Em 2011, 73 manifestantes foram presos por lutarem contra o Rodas usando o método da ocupação. Agora estamos em um novo passo desta luta, utilizando o mesmo método de ação política. Por isso precisamos defender todas as vítimas da repressão, levantando as bandeiras de “Fim de todos os processos de perseguição política” e “Fora PM”.

    Continuar com as manifestações de rua para projetar o movimento para além da universidade.

O movimento para se fortalecer também precisa se projetar para fora da universidade. Diversos são os movimentos grevistas que se chocam com o governo, o que inclui nossa greve. Devemos nos manter nas ruas contra o autoritarismo da reitoria e do governo PSDB e mostrar a necessidade de unificação destas lutas.


Tarefas imediatas da ocupação:

    Defendemos a organização da Plenária da ocupação, pois sem ela não é possível haver uma posição coletiva diante de questões imediatas, tais como:

    A organização do ato no TJ e a intervenção na negociação

Amanhã, terça-feira, haverá a negociação da nossa ocupação entre as entidades (DCE, ADUSP e SINTUSP) com a reitoria. Sabemos da legitimidade do nosso movimento, por isso devemos exigir a negociação de nossas reivindicações e não do nosso método de luta. O que faremos e como o faremos precisa ser discutido coletivamente para que a força do movimento seja posta na negociação, independente de quem seja nosso representante.

    Discussão do balanço da negociação e encaminhamentos, na terça à noite

É importante que a ocupação se reúna e organize sua defesa de forma coletiva. Sabemos do autoritarismo da reitoria e do governo, por isso devemos discutir como fortalecer a ocupação contra uma possível tentativa de reintegração de posse. Em 2011, a reintegração ocorreu no dia seguinte à primeira negociação. Não devemos nos alarmar, mas precisamos estar conscientes dos desdobramentos da luta política. É a correlação de forças entre os estudantes e a reitoria que irá definir os próximos passos da luta. Quanto mais forte estiver o movimento e a ocupação, maior seria o desgaste de uma desocupação violenta e, consequentemente, menor as chances de uma reintegração.

Caso seja convocada uma assembleia geral extraordinária para este dia, então este será o espaço para realizar esta discussão.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Agora é greve!

Erlen Meier - Catalisador

Agora é greve!

Ontem ocorreu um Conselho Universitário (CO) que iria discutir a nova força de eleição para reitor. Ao mesmo tempo os estudantes, professores e funcionários faziam uma manifestação em frente à reitoria. Devido ao autoritarismo dos burocratas que comandam o CO, a proposta levantada pelos representantes dos estudantes e funcionários de que aquela reunião fosse aberta foi rechaçada por meio de uma manobra. Diante disso, os estudantes e funcionários ocuparam a reitoria.

No período da noite, foi realizada uma assembleia estudantil com cerca de mil estudantes. Nela foi aprovada a continuidade da ocupação e a greve geral estudantil. Além disso foram aprovadas resoluções políticas que dão norte ao movimento. Sobre o método de eleição: eleição direta paritária. Sobre a estrutura de poder: dissolução do CO e a constituição de um governo tripartite com mandatos revogáveis e submetido à assembleia geral universitária. E ainda foi aprovada a estatuinte livre e soberana.

A gestão do CAFB (CinquentA) soltou, na tarde desta quarta, uma nota sobre o ocorrido. Gostaríamos primeiro de esclarecer que o governo tripartite foi aprovado, com contagem dos votos, em oposição à eleição de um reitor, o que a nota ignora. Sobre a ocupação da reitoria de 2011, também há uma deturpação: o eixo do movimento não era só o “Fora PM”, mas também o “fim dos processos contra estudantes e trabalhadores” e o “Fora Rodas”. Ou seja, aquela luta era contra o mesmo autoritarismo que levou a esta ocupação. E sobre a legitimidade dela, é importante salientar que foi uma assembleia com mais de 800 estudantes que decidiu pela ocupação. O que aconteceu em seguida foi que a gestão do DCE (PSOL), junto ao PSTU, que foram contrários à ocupação e ficaram como minoria, não acataram a decisão da maioria e romperam com o movimento. Depois disso, passaram a deslegitimar a ação coletiva, o que inclusive foi usado no posterior processo contra os manifestantes.

O Catalisador defende que os estudantes da farmácia acatem a decisão da assembleia geral e decretem a greve estudantil também. A luta contra o autoritarismo também é nossa! Recentemente até o mais elementar direito de divulgar nossas atividades está sendo podada: a diretoria da FCF proibiu a colagem de qualquer cartaz na nossa faculdade.

A greve é uma medida de força que têm dois sentidos essenciais: o primeiro é o de liberar os estudantes das atividades acadêmicas (das aulas, dos trabalhos, das provas etc.); o segundo de colocar em cheque o poder na universidade. Não é possível, ou no mínimo e muito difícil, manter uma ocupação quando os estudante estão sobre a pressão dos trabalhos, das aulas, das provas etc. Sem a paralisação das atividades acadêmicas, não há espaço para realização destas atividades políticas intensas. Paralisar as aulas e alterar a normalidade do calendário acadêmico também diz respeito a quem manda na universidade. Como podemos continuar as aulas, enquanto aqueles que decidem sobre a universidade sequer nos dão ouvidos? A luta contra o autoritarismo também precisa se impor sobre a decisão do calendário de aulas.

Para garantir a nossa greve precisamos inviabilizar as aulas, o que só conseguiremos se fizermos piquetes. Podemos realizar o piquete de diversas maneiras: fazendo barricadas (colocando todas as mesas e cadeiras na porta da sala), fazendo barulho (com tambores, caixa de som, apitos etc.) ou mesmo colocando uma comissão na porta que impeça a entrada do professor e dos estudantes. Mas precisamos ter claro também, que o piquete só funciona quando é um instrumento de fazer prevalecer a decisão da maioria de paralisar as aulas. Ou seja, se uma minoria decide por isso, ela não terá força para tal.

Lembramos que amanhã às 11h30 haverá outra assembleia da farma no CV e às 18h teremos a assembleia geral dos estudantes em frente à reitoria ocupada.