segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Manifesto para às eleições no IME do XI congresso de estudantes da USP - Poder Estudantil

Reproduzimos abaixo o manifesto elaborado pela chapa do IME-USP Poder estudantil, da qual fazemos parte.




Eleições de delegados para o XI congresso de estudantes da USP
Do dia 06 à 10 de agosto (mas fique atento, pois esta data está no site do DCE e ninguém sabe onde está o calendário oficial do CAMAT)


Por que votar na Poder Estudantil?

    O IME está em pleno processo eleitoral para os delegados do XI Congresso de Estudantes da USP. Até o momento sabemos de duas chapas inscritas: Poder Estudantil e a encabeçada por membros da direção do CAMAT, responsável pela má divulgação do processo. Não sabemos se há mais chapas, pois sequer um debate entre as chapas foi realizado.
    A Poder estudantil elaborou, e vem divulgar publicamente aos estudantes, um programa cuja centralidade é a defesa daqueles que lutam pela universidade pública. Somos contrários a todo tipo de repressão e perseguição políticas. Colocamos que é tarefa do congresso armar politicamente os estudantes para a luta contra o autoritarismo, contra os mandos e desmandos do Rodas e contra o regimento disciplinar da USP, que data da ditadura militar.
    A chapa do CAMAT segue a linha política do MES-PSOL. Assim como a direção do DCE, formada pela frente PSOL e PSTU, defendem um congresso com tema “Democracia na USP”, que é colocado em oposição à luta concreta, erguida em 2011, pelo Fora PM e em defesa dos presos e processados políticos. Tal oposição foi explicitada quando se votou uma proposta contra a outra num CCA (Conselho de Centros Acadêmicos) e numa assembleia. A bandeira que defendem de democratização da USP é conciliadora com a política elitista e privatista da reitoria e não coloca a real defesa de nossos companheiros perseguidos e eliminados pelo reitor. Como podemos falar em democracia se estamos em meio à uma “caça às bruxas”? Devemos colocar a defesa dos lutadores como a defesa do Movimento Estudantil que resiste a destruição da universidade pública. Quando a chapa do CAMAT defende a bandeira “Democratizar a universidade” significa reformar a atual estrutura de poder, alterando minimamente a composição no Conselho Universitário. Esta medida não colocará fim ao autoritarismo por preservar uma casta burocrática corrupta e vinculada aos interesses do Estado burguês e do capital. Em essência é uma bandeira que defende a manutenção do autoritarismo. Exemplo disto é que o atual avanço da repressão dentro das universidades federais, que têm estatutos baseados na LDB, onde há maior participação estudantil nos conselhos universitários do que se tem na USP, e que cada vez mais têm notado a repressão ao movimento estudantil. Exemplos recentes são a UNIFESP Guarulhos e a UNILAN.

O processo eleitoral obscuro é parte da política conciliadora com o autoritarismo

    Aqueles que defendem o tema da “Democracia na USP” fazem uma eleição de delegados para o XI Congresso com uma pífia divulgação. A data das eleições é a primeira semana de aula da pós-graduação, ou seja, consideram que estudantes da pós não possam ter interesse no assunto, mesmo sabendo que vários do IME se colocaram em luta no semestre passado. Colocaram prazos que impossibilitaram a participação de estudantes que tivessem interesse. As inscrições de chapa se encerraram no final do semestre passado, em pleno período de provas, favorecendo aqueles que orbitam a direção do CAMAT. Ou seja, fazem um processo onde não aplicam a democracia que dizem reivindicar.
    A consequência desse processo obscuro é um congresso desvinculado das bases estudantis, o que garantirá aos seus organizadores (PSOL e PSTU) aprovarem para o Movimento Estudantil a sua linha programática, sustentada na conciliação, no reformismo, contra os métodos de ação direta e contra a democracia estudantil. Na atual conjuntura repressiva aos movimentos sociais, fará frente com a reitoria em sua investida na eliminação de todos aqueles de resistem aos desmontes da universidade pública.
    Nós da Poder Estudantil, mais de uma vez reivindicamos o adiamento das inscrições e das eleições e debates entre chapas como meio de tornar o processo mais amplo e democrático, mas sequer o debate foi encaminhado.
    Desta forma, nós, integrantes da chapa Poder Estudantil, nos propomos a participar do congresso como delegados pelo IME com o intuito de defender a mobilização e a luta dos estudantes por suas reivindicações e contra o autoritarismo. Chamamos os estudantes a conhecer nosso programa, para que tenham clareza daquilo que defenderemos no congresso.

O programa da chapa Poder Estudantil encontra-se em:
http://poderestudantilime.blogspot.com

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