quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Ao comando de greve da USP

Fortalecer a greve, unificar os movimentos e tomar as ruas

A primeira reunião do comando de greve tem tarefas centrais concretas para fortalecer nossa luta dentro e fora da universidade.

Fortalecer a luta contra a repressão:

  1. Realizar com o conjunto dos movimentos reivindicatórios uma passeata até o Palácio dos Bandeirantes. Nossa luta foi brutalmente reprimida na terça-feira. Mas não fomos os únicos: também em São Paulo o movimento por moradia foi atacado, no Rio mais de 200 professores foram detidos e dezenas continuam presos. Se o governo nos ataca, respondemos com um movimento mais massivo. É preciso voltar ao trajeto que a repressão policial impediu de concluir, sob pena de acatar a imposição do governo por meio da violência da PM, e que repercute sobre os movimentos. Às ruas para projetar nosso movimento para o conjunto dos explorados e unificar com os demais movimentos em curso. Ao Palácio dos Bandeirantes, impor pela força das massas nas ruas o atendimento de nossas reivindicações e enfrentarmos o governo do Estado que responde ao ato em solidariedade aos professores do Rio de Janeiro e por democracia com cassetetes, balas de borracha, bombas de efeito moral e dezenas de prisões. Nosso movimento é legítimo e vamos até o Palácio! Não aceitamos nenhuma repressão!
  2. Organizar e fortalecer o comitê estadual contra a repressão. Na sexta-feira haverá uma reunião do comitê na ocupação da reitoria às 20h. Devemos fortalecê-lo e convocar o conjunto dos movimentos reprimidos para organizar nossa resposta. O comando deve articular contato com todos os movimentos reprimidos no dia 15/10 para que compareçam no comitê e fechemos lá nosso ato unificado de 22/10 para responder à repressão geral.
    A tendência repressiva aos movimentos sociais coloca a necessidade de uma resposta pelo conjunto dos que se mobilizam. Pelo direito irrestrito de organização e manifestação. Fim da Lei Nacional de Segurança! Fim dos decretos contra as máscaras! Toda força à organização da luta contra a repressão e em defesa dos movimentos reivindicatórios!

Fortalecer a greve e a ocupação

  1. Parar toda universidade, apoiando-se nos cursos mobilizados para paralisar as aulas dos menos mobilizados. Devemos nos apoior onde há luta para projetar a greve e paralisar toda a universidade. Para isso, devemos usar todos os meios disponíveis, dentre eles o do arrastão que pare todas as aulas: paremos a química, a farma, o IME, a POLI e todos mais que estão em aula!
    Paremos também a universidade trancando seus portões!
  2. Calendário de greve na reitoria. Nossa ocupação deve servir como trincheira de luta. O comando deve trazer as atividades dos cursos para a ocupação, unificando-as. Enquanto o calendário da ocupação diferir do calendário dos cursos não conseguiremos atingir o nível de coesão e fortalecimento que nosso movimento precisa para impor uma derrota à reitoria e ao governo autoritários.
  3. Convocar os movimentos para a ocupação. Nosso movimento precisa se projetar para além da universidade. Os atos de rua cumprem esse papel. Mas, podemos e devemos transformar a ocupação de nossa reitoria em ponto de organização geral dos movimentos reivindicatórios, que enfrentam o mesmo governos que agora enfrentamos. Isso passa por construir um calendário de atividades em conjunto com os movimentos de fora da universidade.

Organizar a negociação com a reitoria

A negociação com a reitoria deve expressar a pressão do conjunto do movimento grevista e suas reivindicações. Por isso é imprescindível que o comando de greve, com seus delegados eleitos nas assembleias de curso, assuma a negociação com o reitor. São os estudantes na luta, expressando a mobilização nos cursos, quem deve encarar a reitoria na negociação. Os diretores do DCE que estiverem na linha de frente do movimento estarão integrando o comando e serão expressão dessa mesma organização. Uma negociação feita exclusivamente pelo DCE excluiria grande parte dos que organizam a luta.

Organização da retomada do K e L

A assembleia deliberou como eixo a devolução dos blocos K e L. Todos os blocos de moradia hoje utilizados foram frutos de ocupações (o A1 da ocupação da reitoria de 2007 e os demais de ocupações próprias). Cada delegado do comando deve levar aos seus cursos a organização dos estudantes que precisam de moradia e tiveram este direito ceifado pelo processo obscuro de seleção da assistência social (SAS/COSEAS). Cumpre papel fundamental também a associação de moradores (AMORCRUSP), que inclusive tem o contato de vários destes estudantes. Com a organização geral dos excluídos da moradia, avançaremos para a concretização da retomada do K e L de volta para a moradia.

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