sexta-feira, 13 de abril de 2012

Balanço das eleições do DCE-USP 2012

Qual o significado da vitória da chapa Não vou me adaptar para o DCE da USP?



    A chapa Não vou me adaptar, composta majoritariamente pelo MÊS (PSol) e PSTU, venceu com grande margem as eleições para o DCE da USP, com 6.964 votos (53,02%). Em segundo lugar ficou a direitista Reação, com 2.660 (20,25%), seguida da Universidade em movimento (composta pela APS/PSol, Consulta Popular, PCB e PCR), que recebeu 2.579 (19,64%). Em quarto lugar ficou a chapa composta pelo POR, LER-QI, PCO, Praxis e estudantes independentes, a 27 de outubro, com 503 votos (3,83%). Em último lugar, a chapa do PT e PCdoB, Quem vem com tudo não cansa, com 254 (1,93%).
    O número total de votos superou em 4.000 o da eleição anterior, fato que se deve à disputa se dar no começo do ano, visto que as eleições foram adiadas por conta da mobilização do final do ano passado. Nos últimos anos, as eleições para o DCE aconteciam nos últimos dias de aulas, o que se dava portanto num quadro de relativo esvaziamento da universidade por conta do final de semestre. Com o adiamento, as eleições ocorreram na quarta semana de aulas, com a universidade cheia. A mobilização do final de 2011 também se constituiu num fator importante, dado o acirramento das disputas políticas na universidade, elevando a importância das eleições do DCE.
    A vitória da chapa Não vou me adaptar representa, em grande medida, a continuidade da gestão anterior. Algumas diferenças, no entanto, devem ser consideradas: uma parte da direção de 2011 constituiu uma chapa separada (principalmente a APS/PSol), a Universidade em movimento. Além disso, o PSTU agora compõe a diretoria. A gestão de 2009 esteve nas mãos desse partido, ficando alijado do aparelho desde então, fazendo uma oposição meramente eleitoreira, conciliando nos momentos decisivos com a direção do PSol.
    Prevaleceu na disputa eleitoral de 2012 a força do aparato dos centros acadêmicos (CAs). O controle das entidades nos cursos pelo PSol e PSTU se converteu numa poderosa máquina eleitoral. Por meio desse instrumento, a chapa exerceu grande influência sobre os estudantes. Durante a semana de recepção, que teve novamente um caráter festivo (que não mudou apenas pela realização da chamada festa-protesto), as direções dos CAs se apresentaram amigavelmente aos calouros, que não observaram diretamente a atuação desses grupos no movimento real, acreditaram no discurso distracionista de defesa da “democratização” da universidade, favorecido pela situação de declínio da mobilização estudantil.
    Ao se observar o quadro de votação por unidade, pode-se comprovar que os votos foram dados majoritariamente em favor das chapas identificadas com as direções dos correspondentes CAs. A chapa vencedora foi a que controlava maior número de CAs, seguida pela Universidade em movimento (acusada pela vencedora de só fazer campanha onde controlava CAs) e pela chapa da direita (que só venceu em quatro unidades, justamente as mais elitizadas e com CAs identificados politicamente com ela).
    O voto na chapa Não vou me adaptar tem um conteúdo conservador, na medida em que preserva a atual direção, sua política de conciliação de classes e sua prática de freio ao movimento. É possível que uma pequena parcela de estudantes que participou das lutas de 2011 tenha sido levada a votar nessa chapa contra a “ameaça” da direita, assim como um parcela de estudantes direitistas tenha votado nela justamente por sua prática (cordão de isolamento para entregar estudantes à polícia, defesa de uma política de segurança, discurso de democratização da universidade, rechaço às ações radicalizadas (ocupações), etc.). Mas essas parcelas não definiram a essência do resultado da votação, e sim o controle dos aparatos dos CAs.
    A projeção dos aparatos do CAs na disputa eleitoral demonstra que o corporativismo se encontra bem estruturado nas bases estudantis. O DCE tem se assentado nesse corporativismo, impulsionado pela política das correntes reformistas e centristas de esquerda. Significa que o DCE não se constitui ainda em uma organização que centraliza e dirija o movimento geral dos estudantes. E CAs, por sua vez, não funcionam ainda como instrumentos para vincular as reivindicações particulares das unidades com o movimento geral. Aí se encontra a essência do balanço político dessas eleições.

A chapa Reação

    Em seu balanço, a Reação afirma que obteve uma “vitória moral em novembro de 2011”, referindo-se ao movimento grevista e ao adiamento das eleições para o DCE. O que se deu, na verdade, foi o inverso: a mobilização de 2011-2012 deu um golpe duro nas teses da direita. O caráter massivo da greve e das manifestações de rua demonstrou que a opinião favorável à PM no campus não tinha o peso que a direita dizia ter. Mesmo a imprensa burguesa teve de recuar na cobertura ao movimento na USP, embora ainda continue difamando.
    Não só as suas teses foram questionadas, mas organizativamente a direita teve de recuar diante do avanço da mobilização. A discussão sobre a repressão tomou vários cursos onde se supunha haver um amplo apoio à presença da PM. O comando de greve recebeu representantes de várias unidades, inclusive daquelas que não haviam aderido à greve. O que vimos foi uma divisão profunda entre os estudantes, com forte tendência ao rechaço à polícia.
    Foi essa direita que compareceu às eleições. Quem a acompanhou pelo Estadão, e não pelo movimento real, talvez tenha se surpreendido. O fato é que a Reação não tinha expressão crescente nos cursos, estavam restritos a algumas unidades, como nos últimos anos. O processo eleitoral, incluindo os debates entre chapas, demonstrou que se trata de um grupo fraco na fundamentação política.
    A direita obteve poucas dezenas de votos a mais que em 2009. Em porcentagem, sua influência eleitoral diminuiu, pois o quorum de 2009 é 4 mil votos menor que o de 2012. Eleitoralmente, é impossível demonstrar o tal do perigo da direita tomar o DCE em 2012. Mas não se deve menosprezar que houve nos últimos anos um aumento da expressão política da direita, que ousou organizar atos de 40 pessoas, contra as greves e em favor da PM e de outras sandices. Há alguns anos, esses grupos jamais ousariam se manifestar, por força da mobilização que os mantinha acanhados. Passaram a ousar diante do recuo do movimento, da covardia política da atual direção do DCE. Contaram para isso com a ajuda poderosa da imprensa burguesa.
    A direita não deixa de representar um risco, especialmente pelo apoio externo da mídia e da burguesia em geral, que amplifica sua voz senil. O combate a esse risco deve se dar no terreno da luta de classes. É com o avanço das lutas que a direita será encurralada e derrotada. Quando o movimento avança, a direita se retrai, deixando de se manifestar abertamente.

O resultado das urnas prova:
MNN superestimou o peso político da direita


    O Movimento Negação da Negação não quer admitir que superestimou a direita. Chegou a dizer publicamente que as eleições seriam decididas por centenas, talvez dezenas de votos. Seu chamado de “unidade das esquerdas” para esmagar a direita, no entanto, se revelou completamente inócuo. Dizem: “a direita poderia ter perdido por muito mais, por até 8.000 votos!”. Ora, por que não dizem logo que erraram? Sua posição liquidacionista em relação à chapa 27 de outubro se baseou num prognóstico equivocado. Não somos nós que dizemos, foram as urnas.
    O outro fundamento da ruptura liquidacionista e do chamado voto crítico era o de que a chapa Não vou me adaptar representaria um voto para derrotar Rodas. É difícil entender como, já que o próprio MNN afirma que a chapa “mostra sua tendência por fugir do conflito, fazer arrefecer a luta e conciliar com a burocracia universitária” e ainda “em um dos primeiros panfletos dessa chapa, sequer era citada a presença da polícia no campus”. Poderíamos acrescentar que essa chapa não reivindica o fim dos processos também.
    Tudo isso mostra que o “voto para derrotar Rodas” JAMAIS poderia ser expresso por essa chapa. É impossível provar que a vitória da chapa do PSol/PSTU expressa uma derrota da reitoria. O salto mortal do MNN para justificar seu voto como “crítico” o faz bater com a cabeça no chão. Mas o pior ainda estava por vir: no seu balanço das eleições, o MNN enfeita a chapa vencedora: “A “Não vou me adaptar” só tem duas opções: ser consequente com seu discurso, ser consequente na luta contra o Rodas, ou, pelo contrário, pela via da conciliação, baixar o ânimo de luta dos estudantes e jogar fora esse novo e grande setor (4.000) que se mostra disposto a lutar.” Afinal de contas, se o conteúdo do chamado voto “crítico” é verdadeiro, então essa conclusão só pode ser falsa! Se antes das eleições o MNN tinha de fazer a “crítica” para não ser acusado de ir a reboque dos pelegos, agora ele tem de enfeitar os pelegos, porque seus votos não fizeram a menor diferença na luta contra a direita, e o enfeite
dos pelegos justifica sua capitulação diante deles.
    Outra verdade inconveniente (para o MNN) é que vinha defendendo que as eleições eram secundárias, que devíamos concentrar nossas energias na construção da greve. Não discordamos, aliás, nós do POR denunciamos em mais de uma ocasião o quanto essa oposição era falsa. Afinal, mostrávamos que uma intervenção nas eleições sob o programa da 27 de outubro só poderia alavancar a luta.. Se não fosse assim, a chapa não justificava sua existência.
    A atitude de romper com a chapa, independentemente da decisão coletiva sobre a retirada e apoio à chapa situacionista propostos, tem um caráter liquidacionista. Tanto que colocou o MNN a fazer campanha contra a 27 de outubro. A razão de existir da 27 de outubro é a defesa das bandeiras e métodos de luta do movimento, em oposição à política direitista da frente PSol/PSTU, e a expressão, no terreno das eleições do DCE (que sabemos, não reflete mecanicamente as disputas travadas no movimento) a luta pela direção política do movimento estudantil da USP. A proposta de retirada desta chapa e voto crítico ou não na direção pelega é um duro golpe contra essa perspectiva, por isso é liquidacionista.
    Os companheiros do MNN acabaram abandonando o programa da 27 de outubro durante as eleições. Mais grave, agora nos coloca no mesmo saco que as demais chapas. Ao falar sobre a possibilidade de uma vitória ainda maior sobre a Reação, diz: “isso teria acontecido se as diversas chapas de esquerda (que reivindicam todas a luta contra o Rodas e a PM), tivessem se unificado numa só chapa” (grifo nosso). Perguntamos: em qual material a Universidade em movimento defendia a expulsão da PM? E o conteúdo da “saída da PM” defendido pela Não vou me adaptar, é o mesmo do “Fora PM” da 27 de outubro? O MNN não pode fazer essas diferenciações em seu balanço, pois isso desnudaria a fraqueza de sua posição.
    E ainda nos acusa: “os setores de esquerda, infelizmente - e isso é de responsabilidade de todas as três chapas de esquerda - optaram por sobrepor seus interesses particulares, seus interesses de autoconstrução ou de mera disputa da entidade, aos interesses comuns dos estudantes em luta contra a repressão. Dividiram os estudantes que ainda querem lutar”. Novamente a indistinção cumpre um papel lamentável. Quer dizer que a 27 de outubro estava disputando aparato somente?
    Se parasse por aí, já estariam bastante errados, mas prosseguem com as barbaridades: “assim, a direita estudantil não só seria esmagada, mas desmoralizada por completo e seu futuro ficaria comprometido, não só na USP, mas nacionalmente [sic!]. Além da USP, a direita ficaria desmoralizada em diversas universidades importantes e o setor de esquerda se fortaleceria”. Então quer dizer que aquele grupo, o mesmo que dizia que as eleições eram secundárias, agora comparece defendendo que o método para derrotar a direita são... as eleições?!
    A presença da direita não é uma novidade das eleições deste ano. Em 2009, disputou com o PSol voto a voto a vitória numa eleição com cerca de 9 mil votantes. Nesse ano, o MNN estava numa frente com o POR na chapa Poder Estudantil. Na ocasião, o MNN sequer cogitou retirar a chapa e apoiar os pelegos. A votação da direita foi praticamente a mesma este ano, só que em porcentagem bem menor, esteve muito longe de ameaçar o controle do DCE pela frente MES/PSTU. Não há explicação do MNN para essa contradição. Mostrou não compreender que a luta política contra a direita se dá no campo da mobilização, e não meramente na disputa eleitoral. A disputa eleitoral não expressa mecanicamente o que se dá no terreno da mobilização. Pesa na disputa eleitoral o controle dos aparatos e o voto do estudante passivo, que não se mobiliza. Mesmo entre os que se mobilizam, não existe uma relação direta entre as resoluções tomadas nas assembleias e a escolha na papeleta eleitoral. Se havia uma luta a travar no campo da disputa eleitoral, era permitir que se expressasse nas eleições do DCE a defesa das bandeiras e dos métodos de luta do movimento, coisa que somente a chapa 27 de outubro poderia fazer. Os programas das demais chapas ditas “de esquerda” não expressam essas bandeiras e estão em oposição aos métodos de luta usados pelo movimento.
    Certamente, somos contrários à tese da “traição” do MNN, defendida pelo PCO e LER – os companheiros sabem disso. Porém, devem perceber que o erro de avaliação anterior está conduzindo o MNN a cometer novos e graves equívocos. As críticas que fazemos aqui ao balanço que publicaram tentam demonstrar isso. Chamamos os camaradas a corrigir a linha política, começando por um balanço de seu prognóstico, que superestimava o peso da direita.

O PCO faz malabarismo novamente

    O PCO publicou em seu site alguns textos de balanço das eleições para o DCE da USP. Tenta extrair dos números algumas conclusões, entre as quais encontramos a seguinte afirmação: “com grande quórum, eleição revelou não apenas a farsa que é a força da direita na universidade, como a grande fraqueza do centro (Psol/PSTU), que apesar de vitorioso não tem autoridade para controlar o movimento estudantil, que inevitavelmente o ultrapassará”. Não dá explicação razoável para a tese de que a direita não tem importância na USP: “a opinião direitista na universidade não passa de uma opinião residual”. A consequência dessa afirmação negligente é que não é preciso se preocupar ou combater a direita. PCO, com seu esquematismo, desconhece que a hegemonia da política reformista e centrista, representada pela frente PSOL/PSTU, abrirá caminho para o fortalecimento da direita hoje ultra-minoritária.
    É absurda e subjetiva a avaliação de que o bloco vencedor nas eleições é fraco e que não terá condições de controlar as ações vindas da base. Basta que se avalie o papel de bloqueio ao movimento de “Fora a PM da USP” exercido pelo PSOL/PSTU para se ver que não é tão simples assim. Não se pode desconsiderar que o reformismo e o centrismo constituem uma importante trava para a luta independente dos estudantes e para a sua evolução política sob a direção revolucionária do proletariado. Está aí por que o PCO não dá importância em seu balanço para a necessidade de se construir uma fração revolucionária no seio do movimento estudantil para combater as direções conciliadoras, defendendo o método da ação direta, para que, a partir da própria experiência, os estudantes possam superar política e organizativamente o reformismo e o centrismo.

LER-QI: exitismo do chamado “antigovernismo”

    A LER-QI avalia que a eleição mostrou que 76% dos votos foram antigovernistas (aí incluídos os votos petistas da Consulta Popular – votos petistas antigovernistas?!). Isso sem mostrar onde se podem encontrar essas posições antigovernistas nos programas das chapas ditas “de esquerda”. Também afirma que esses votos expressam que “os estudantes rejeitam a política de Rodas”. Para a LER-QI, a vitória da chapa da frente PSol/PSTU se deve ao voto útil contra a chapa da direita: “milhares de votos na “Não vou me adaptar” que expressam, mais que acordo com sua política, um voto “útil” contra a Reitoria e o PSDB”. Se a LER-QI estivesse correta nessa afirmação, teria de dar razão ao MNN, que rompeu com a 27 de outubro para apoiar a chapa Não vou me adaptar, afirmando que o voto na frente PSol/PSTU seria expressão da luta contra Rodas.
    A votação no PSol/PSTU não tinha como expressar uma luta contra o reitor/governo, por dois motivos: a prática dessa frente nunca foi de confrontar a reitoria/governo no último período, e o programa da chapa nunca pretendeu expressar o confronto com Rodas/governo. Nem essa chapa nem a Universidade em movimento, e muito menos a chapa petista/estalinista. Um exemplo: a política do PSol/PSTU, de defesa de uma “política de segurança” ao invés do “Fora PM”, atrai votos de estudantes conservadores, que não têm nada de antigovernistas, nem se opõem ao reitor/governo.
    Mais uma vez, o esquematismo da LER-QI a obriga a criar artifícios para justificar sua política. Ele não permite que se enxerguem os fatos como são, sem enfeites: as eleições do DCE da USP são decididas pelo controle dos CAs e não expressam mecanicamente o que acontece no movimento real. Grande parte da vanguarda que se forjou na mobilização do final de 2011 votou na 27 de outubro; parte dela foi arrastada ao voto útil. Mas afirmar que esse voto útil decidiu as eleições é ignorar a relação concreta que existe pela organização das eleições em cada unidade pelos CAs. Isso explica também a votação da Universidade em movimento e da direita, e o fraco desempenho da chapa governista que certamente não expressa nos seus 254 votos o apoio ao governo Dilma entre os estudantes.

O conteúdo do voto na 27 de outubro

    Os 503 votos obtidos pela 27 de outubro podem parecer pouco diante do total de 13 mil votos. É preciso levar em conta, porém que são votos dados em uma chapa que não dirige nenhum CA. Foram votos dados na maioria das vezes em oposição à direção do CA local. Votos politizados de defesa das bandeiras e métodos de luta da mobilização do final de 2011, uma luta de caráter político, de defesa da autonomia universitária contra a ingerência repressiva do governo. Votos que foram dados apesar das campanhas de calúnias da burocracia universitária, professores reacionários, imprensa burguesa e até mesmo de setores do movimento (acusação de vanguardismo, apesar do movimento de milhares nas ruas).
    É possível que uma parte dos votos da 27 de outubro tenha sido desviada para o chamado voto útil na chapa situacionista. O MNN chamou, como eles mesmos afirmam, “algumas centenas ou até dezenas”, a votarem na frente PSol/PSTU. Certamente, a votação da 27 de outubro seria maior se o MNN não tivesse caído na conversa mole do voto útil e tentado arrastar mais gente para esse buraco. Certamente, a campanha da 27 de outubro seria mais forte com a participação dos militantes do MNN.

Tarefas do movimento estudantil

    A eleição da frente PSol/PSTU para a direção do DCE mantém o movimento estudantil da USP sob uma direção conciliadora, incapaz de responder de conjunto as medidas privatistas, elitistas e de precarização aplicadas pela reitoria/governo. O desmonte da mobilização que se iniciou no ano passado coloca os estudantes em uma situação difícil, que favorece a ofensiva da reitoria. A tendência de luta que se manifestou e ultrapassou as direções e as pressões externas não conseguiu repetir o feito no início deste ano. O que não quer dizer que tenha se dissolvido. Mas se encontra em situação mais difícil para retomar a mobilização.
    É preciso reorganizar a frente única que impulsionou as ocupações e a greve no ano passado para impulsionar essas tendências de luta ainda presentes, de forma a ganharem corpo suficiente para novamente se impor diante da política conciliadora da direção. A preservação das bandeiras e do método de luta, realizados pelas forças agrupadas na chapa 27 de outubro, é um passo nesse sentido.

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