sábado, 5 de maio de 2012

Manifesto ao CCA da USP

XI congresso dos estudante da USP

     O congresso é o fórum máximo de deliberação dos estudantes. Dele deve sair a linha política do movimento para os próximos dois anos além de ser um instrumento de refinamento do nosso método organizativo. A assembleia geral estudantil deve voltar a ser o fórum soberano dos estudantes (depois do congresso), com reuniões ordinárias mensais e a diretoria do DCE e o CCA devem voltar a estar subordinados à assembleia geral em qualquer situação. Inclusive ao tratar do espaço do DCE (negociado com a reitoria) e do processo de eleição para direção da entidade.      Sendo assim, a corrente proletária estudantil (POR) vem ao CCA defender
     1) que as eleições sejam organizadas por candidaturas em torno de programas;
     2) que seja publicado o caderno de teses (limite máximo de um duplo ofício) para que todos os estudantes tenham conhecimento das políticas em disputa no congresso;
     3) que a proporção de delegados seja de 1/20 em urna ou de 1/10 em assembleia.

Conjuntura

    A política de privatização e elitização da reitoria/governo avança sem limites sobre a universidade e sobre aqueles que a defendem. A privatização do circular excluiu os funcionários terceirizados e comunidade do entorno de usufruir do serviço sem pagar passagem. A reitoria aponta como avanço o fato de ir até o metrô. O circular prateado já foi até o Largo da Batata sem estar privatizado. É um engodo apresentar isso como uma conquista.
    Seguindo a linha elitista de higienização da USP, o portão da favela São Remo, onde moram muitos trabalhadores da USP, está fechando a partir das 20h, sob o pretexto da segurança. Isso é o primeiro passo do projeto de limpeza social. O projeto de “urbanização” da São Remo pela reitoria já está com 450 famílias que moram no antigo campo do HU na mira.
    A reforma da pós é uma reedição de parte dos decretos do Serra, de 2007, que queriam transformar a USP num centro de formação profissional, de empreendedorismo, visando parcerias com empresas e universidades privadas dentre outras aberrações.
    Junto a tudo isso, não podemos deixar de falar dos processos. Até 27 de outubro do ano passado eram algumas dezenas, incluindo estudantes, funcionários e professores. Com as desocupações da reitoria e da moradia retomada e mais os processos a toda diretoria do Sintusp e interpelação da Adusp por calúnia, já passam de 100 processos internos de eliminação e demissão por justa causa e processos criminais. É claramente um expurgo político para abrir caminho para as políticas privatistas e elitistas do governo/reitoria. Política essa que não é aplicada apenas aqui na USP. Vide Pinheirinho, cracolândia, UNIFESP de Guarulhos (que está em greve e com ocupação) etc.
    É com luta que o movimento deve responder. A reitoria já radicalizou. Quando será que a direção do DCE vai começar a quela campanha pela maior greve dos últimos anos de que falaram na assembleia que acabou com a última greve, em 8 de março deste ano?

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