quarta-feira, 8 de maio de 2013

Que a direção do DCE convoque a assembleia geral estudantil!

Que a direção do DCE convoque a assembleia geral para organizar a luta contra os processos e demais pautas do movimento estudantil!

Logo após a implosão da assembleia geral do dia 11/04, sob o pretexto de uma acusação de “machismo” de um militante do PCO, a direção da entidade estudantil se comprometeu a convocar novamente o fórum para debater os pontos de pauta (processos, Pimesp, Busp e eleição para reitor) e tomar decisões a respeito. Após o fato, houve duas reuniões ordinárias do DCE e um CCA (Conselho de Centros Acadêmicos) e a posição da direção (PSol-PSTU) foi de rejeitar a proposta de chamar uma nova assembleia.

Trata-se de uma direção avessa à democracia estudantil, uma direção que repetidas vezes tem manipulado a base com suas mentiras e, portanto, não merece confiança alguma. Uma direção que deixa de lado a luta contra a repressão, o Pimesp, a privatização dos circulares com o Busp, sua superlotação em horários de pico, e todos os demais problemas sentidos pelos estudantes para fazer demagogia quanto à luta contra o “machismo”. É isso o que se viu no CCA de 04/05: uma pauta que tinha como primeiro ponto os problemas vividos pelos estudantes foi inicialmente deixada em segundo plano, depois simplesmente suprimida, em função de discutir longamente e aprovar uma resolução cuja casca é a luta contra o “machismo”, mas cujo recheio é a reafirmação da acusação contra o PCO.

Enquanto isso, prosseguem os processos políticos contra estudantes e trabalhadores, uma perseguição que atinge mais de 100 companheiros que estiveram na luta em defesa da universidade pública. Diante de tamanha ofensiva da reitoria, governo e Justiça, a direção do DCE não move uma palha para organizar uma luta verdadeira em defesa dos processados, por isso acaba colaborando com a repressão. E falamos em colaboração, porque é exatamente disso que se trata: a conduta dessa direção facilita o caminho às punições. É de extrema gravidade o fenômeno diante do qual nos encontramos. Nós, estudantes, se quisermos enfrentar a repressão, teremos que superar politicamente o bloqueio do bloco PSol-PSTU.

E o primeiro passo para isso é pressionar para que essa direção convoque a assembleia geral, onde as bases podem se manifestar livremente e votar as resoluções que correspondem às tarefas do momento. Nós, da Corrente Proletária Estudantil, estamos atuando nos cursos ao redor dessa campanha, que envolve um abaixo-assinado. O objetivo é realizar a partir das bases uma ampla campanha democrática, no que esperamos contar com os camaradas de outras organizações políticas, entidades e lutadores independentes.

Não podemos aceitar mais nenhum pretexto para adiar a luta contra a repressão! O bloco PSol-PSTU já se utilizou de diversos motes para desviar os estudantes do enfrentamento aos processos, como foram os casos da “campanha por democracia na USP”, “prioridade” da luta contra o Pimesp e agora o “combate ao machismo”. Aproveita-se da necessidade real de lutar contra o autoritarismo da atual estrutura de poder e contra as opressões para posar de combativo, de esquerda, ao passo em que seu objetivo é evitar qualquer mobilização que escape ao seu controle, como ocorreu em fins de 2011, com a greve contra os processos (não por coincidência), contra a PM e pelo Fora Rodas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário