quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Reitor-interventor fugiu do debate na Assembleia Legislativa
O movimento tem de aumentar a pressão, para pressionar o governo


    O Reitor-interventor Rodas não compareceu à audiência pública na Assembleia Legislativa no dia 28/11. Provou com isso que não tem como se explicar nem tem proposta a oferecer ao movimento, que reivindica o Fora a PM e o Fim dos Processos. Um reito que é apenas um executor das ordens de quem o nomeou, o governo do Estado, não tem como explicar suas atitudes nem tem autonomia para propor qualquer coisa. Não teria o que fazer numa audiência pública, a não ser sofrer o merecido achincalhamento. A ida à Assembleia Legislativa serviu para denunciar a nulidade da figura de Rodas diante do problema. O movimento tem diante de si a necessidade de levar a pressão diretamente ao chefe de Rodas, o governador Alckmin.
    É preciso aprovar um plano de protestos do movimento voltado a atingir Alckmin. Organizar protestos onde o governador aparecer em público, até que ele atenda os estudantes e ordene a revogação do convênio USP-PM e o fim dos processos políticos contra estudantes e trabalhadores.
    O ano letivo se encerra, mas a PM continua no campus e os processos políticos estão em pé. É preciso colocá-los abaixo, e para isso a mobilização tem de continuar e atingir o chefe do Rodas.
    Manter a greve e a mobilização! Ir às ruas e protestar contra Alckmin e sua marionete
Rodas!


CCA: o malabarismo da direção do DCE em busca de aparelhar a calourada

    O Conselho de Centros Acadêmicos reunido em 26 de novembro referendou a decisão da assembleia de estudantes que adiou as eleições do DCE. Essa confirmação foi meramente formal, porque a data das eleições já tinha passado e elas não tinham acontecido. As decisões importantes têm a ver com as consequências dessa questão e em resposta à decisão da última assembleia, que determinou que o Comando de Greve deve ser responsável pela organização da calourada da USP.
    Quanto ao adiamento das eleições, a direção do DCE propôs que assumisse uma direção provisória até o início do ano que vem, quando as eleições acontecerão. A proposta parece correta. Mas ela é voltada não à assembleia geral de estudantes, e sim ao CCA, que é controlado politicamente pela atual direção do DCE e aliados (PSol e PSTU). Isto num quadro de seguidas assembleias estudantis de milhares de estudantes. A renúncia em apresentar essa questão à assembleia revela receio de perda de controle do aparato pela direção.
    Logo a seguir, a direção apresentou uma proposta de direção provisória: seria a comissão eleitoral, eleita pelo CCA. Assim, a nova direção estaria sob controle da atual. A deliberação de fim do mandato e gestão provisória torna-se assim mera formalidade.
    Isso se verificou ainda com mais clareza quando a direção se contrapôs à participação do Grêmio da Poli e do CA da FEA (CAVC, de oposição de direita à atual gestão) na gestão provisória. O bloco PSol/PSTU levou a questão a voto e não aceitou a participação de nenhum dos dois.
    Para piorar a situação, o CA da FEA (CAVC, de oposição de direita à atual gestão) se propôs a integrar a gestão provisória. Como já havia a proposta de substituição do Gpoli, não haveria como negar o direito de reivindicar a participação pelo CAVC. Mas o bloco PSol/PSTU levou a questão a voto e não aceitou a participação do CAVC.
    Dessa forma, a manobra de formação de uma gestão provisória que é mera máscara para a continuidade da atual gestão se configurou.
    A democracia estudantil implica que a assembleia geral decida sobre a constituição de uma gestão provisória até a próxima eleição. Essa gestão provisória não pode ser instrumento manipulado pela atual direção. Deve sim expressar a mobilização que tem ocorrido nas últimas semanas, e por isso o comando de greve, com delegados eleitos nas assembleias de base, é que deve cumprir o papel de direção provisória.
    Quanto à calourada, a direção não se conformou em tê-la tirada de sua responsabilidade pela assembleia. Depois de perder a votação repetida por cinco vezes, levou a questão ao CCA. Primeiramente, deformou o problema, afirmando que a decisão exclui os CAs das decisões sobre a calourada. O que é falso. Os CAs organizarão a calourada em seus cursos, como já o faziam. A calourada unificada, da qual participam, tem suas decisões passadas das mãos do DCE/CCA para as do comando, que é integrado inclusive por membros do DCE e CAs, mas que é bem mais amplo, pois é formado em grande parte por delegados eleitos em assembleias de curso. A diferença é que desta forma a calourada unificada não poderá ser utilizada pela direção atual como instrumento de cooptação. E isso certamente vai ter influência no resultado das eleições do início do ano.
    Apesar da decisão da assembleia ter ampliado a participação de estudantes de base nas decisões acerca da calourada, o bloco PSol/PSTU tenta mostrar o avesso: que o comando restringiria a participação do DCE e CAs. E vai tentar retomar a discussão na próxima assembleia, a fim de reverter a decisão em favor de manter o controle da recepção dos bichos em 2012.
    A assembleia deve votar contra essa manobra e manter a organização da calourada sob a responsabilidade do comando de greve. A gestão do DCE acaba dia 11/12 e tem de largar o osso!!

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