quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Manifesto às eleições 2012-13 no IME

Para que serve um RD?

Está acontecendo no IME a eleição para a Representação Discente (RD). Estes são alunos que representam os imeanos nos órgãos colegiados (Comissão de Graduação, Congregação, Conselho Técnico Administrativo etc.). Reivindicamos este representação não porque seu voto seja decisivos nas deliberações deste órgãos, pois não o é, mas sim porque tudo de importante sobre o instituto e tudo aquilo que nos afeta passa por lá e não nos é divulgado. Não há interesse da burocracia de que os estudantes participem das decisões. Então, se teremos direito a um cafezinho no bloco A, se teremos uma lanchonete no bloco B, se serão instaladas catracas para acesso aos blocos, se o curso será mantido com uma grade de 4 anos e não de 5, tudo é decido pela diretoria e pelas instâncias da burocracia universitária sem sequer que os estudantes saibam. Os órgãos de decisão têm em sua composição uma representação dos estudantes que é irrisória e não fere o poder da burocracia. Basta ver, por exemplo, que temos menos de 10% das cadeiras da congregação. Apesar de não decidir as votações, ela permite que os estudantes consigam saber o que está sendo discutido e decidido. E a função de um RD é exatamente esta: um agente do movimento estudantil no interior dos organismos burocráticos, que nos traz informação e que leva a posição dos estudantes perante a burocracia.

Nós, da corrente proletária estudantil, que temos um cargo de RD na congregação, buscamos sempre trazer a todos o que lá é discutido e tem alguma relevância para os estudantes. Foi proposta nossa a de que se criasse no mural do CAMAT um espaço para relatorias dos RDs. Temos feito isso desde que o espaço foi criado.

Chamamos os imeanos a votar no Adriano como RD da congregação, pois nos comprometemos, e continuaremos comprometidos, com esta tarefa.

Chapa única nas eleições do CAMAT:
o que fazer?

Este ano, mais um vez, o IME vê as eleições ocorrerem com chapa única para o CAMAT. Levanta-se o dilema: votar em uma chapa que é continuidade da gestão anterior ou votar nulo e deixar um vácuo na direção?

Em primeiro lugar, precisamos analisar as proposta da chapa. Ela, a “Além dos números”, não elaborou nenhum material para divulgar suas posições. Contudo, sabemos a que vem, pois se trata de uma chapa de continuidade. É então que vemos a impossibilidade de votar nela. No último ano, não vimos nem a convocação dos fóruns do movimento: a gestão chamou só uma assembleia, já no final do ano (29/10), e fez corpo mole com sua divulgação. Chegaram a fazer também uma assembleia de curso, o que só ajuda a fragmentar mais ainda o desmobilizado IME quando precisamos de uma unidade que nos dê força; e que expressou muito mais uma pressão vinda da burocracia para que se escolhessem as matérias optativas que seriam ministradas para o curso da Pura, do que uma necessidade dos estudantes (neste caso, de oferecimento integral de todas as optativas). Fizeram outras campanhas, como o plebiscito “Pela democratização da USP”, mas nada que viesse na linha de mobilizar os estudantes pelas reivindicações mais sentidas.

Depois, precisamos saber o que fazer na situação de voto nulo, na situação de voto contra a continuidade da atual direção. Neste caso, precisamos batalhar para a construção de uma chapa de luta e apontar para a necessidade de uma direção de luta, independente da burocracia e que se apóie na democracia estudantil. Esta é uma tarefa pendente no IME. O possível que o vácuo no CAMAT seria resolvido se convocando um novo processo eleitoral. A corrente proletária buscou atuar por dentro da Poder Estudantil para, na situação de marasmo geral, construir uma chapa minimamente progressista, que defendesse os fóruns do movimento estudantil e o método da ação direta. Mas, apesar de nossos esforços e de mais outros camaradas, não foi possível aglutinar forças para construir tal chapa. Sabemos que a construção da luta e de uma direção revolucionária é uma tarefa árdua e não será construída do dia para a noite, nem de modo linear. Continuaremos fazendo a propaganda necessária e buscando organizar os elementos mais dispostos entre os estudantes do IME para resolver esta tarefa.

Errata:

No nosso boletim de 02/10, afirmamos que os estudantes da pós não tinham mais direito a xérox na reprografia. Nosso informe estava equivocado: na verdade é possível sim fazer xérox, além de impressões, mas o que não é mais possível é acumular as fichas. Grande parte dos pós-graduandos precisam de muitas cópias/ impressões em determinados meses e poucas em outros. Com a nova regra, a necessidade deles não é mais atendida.

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