sábado, 1 de maio de 2010



Reforma do CB? Convocar uma assembléia geral de estudantes da EACH no próximo dia 11/05, por uma posição independente!

Foram apresentadas, até agora, por diferentes grupos de professores, 6 posições diferentes quanto à reforma do Ciclo Básico da EACH. Os dirigentes da unidade pretendem votá-las no próximo dia 13 de maio (quinta-feira da semana que vem). A maioria dos estudantes nem mesmo conhece quais são essas propostas, embora se afirme que elas já têm sido discutidas entre os professores há anos (o que comprova que os destinos da EACH não são traçados de forma aberta, nem debatidos com os estudantes).

Resumidamente, temos:

a) manter o CB como está;

b) propostas 2 e 3, que propõem duas formas de espalhar as disciplinas do CB ao longo do curso;

c) proposta 4: eliminar RP2, passar RP1 para o 2º semestre e eliminar Eds.

d) proposta 5: adiar ED para os semestres 5 e 6;

e) proposta 6: adiar a discussão.


Entre os dias 03 e 07 de maio, haverá uma exposição e uma consulta sobre as propostas apresentadas. Como se fosse possível conhecer e discutir com alguma profundidade todas as propostas e decidir sobre alguma delas em cinco dias...


Uma isca aos estudantes


Na última reunião chamada pelos representantes discentes nas Comissões de Curso para discutir a reforma, ficou evidente que os estudantes não deveriam apoiar nenhuma das propostas apresentadas, porque nenhuma delas foi suficientemente

debatida pelos estudantes, nem atende aos interesses estudantis. As propostas de mudança respondem muito mais aos problemas causados pela falta de professores e estrutura da EACH do que a problemas didáticos ou pedagógicos. Dois outros elementos comparecem na discussão, um de forma velada e outro de forma deformada: a questão da carga horária de aulas dos docentes e a crise da EACH enquanto unidade cujos cursos têm apresentado pouca penetração no mercado detrabalho.

Mas quais serão as consequências das mudanças propostas aos estudantes? Os cursos vão ficar melhores? Haverá maior interdisciplinaridade? A carga horária será mantida? Será possível aos estudantes atuais cumprirem seus créditos e se formarem no mesmo prazo sem a suposta reforma? São perguntas que estão ou sem resposta com respostas muito vagas até agora.

Conclusão aparentemente lógica: os estudantes deveriam apoiar a proposta 6: adiar a reforma. Mas essa conclusão não é a correta.

Isso porque, se os estudantes apoiarem a proposta 6, irão assistir a decisão ser tomada pela Congregação da EACH no próximo dia 13/05, sem qualquer poder de pressão sobre os membros dessa instância decisória. É bom lembrar que os estudantes são parcela ínfima dos votantes da Congregação, 90% dela são os professores que se enfileiram por trás das demais propostas, os mesmos que decidirão os rumos do CB na EACH.

É por isso que dizemos que se trata de uma isca aos estudantes.


O que fazer? Responder com ação coletiva! Convocar imediatamente uma assembléia geral de estudantes da EACH!


Diante da iminência da aprovação de uma reforma do CB a ser realizada sem a discussão e tomada de posição pelos estudantes, é preciso ganhar força para impedir sua realização. Isolados, individualmente, os estudantes não têm a força necessária para modificar os rumos traçados pelos dirigentes da EACH. Um posicionamento na consulta que se realiza não terá força suficiente para evitar os transtornos que certamente virão com a reforma.

É preciso a força da ação coletiva, da mobilização! Isso só é possível construir com a convocação de uma assembléia geral de estudantes, que permitirá discutir a questão e a forma de respondê-la coletivamente. A assembléia é o instrumento para mobilizar, discutir, deliberar e colocar em prática as próprias decisões.

Propomos a realização de uma assembléia geral no próximo dia 11/05, amplamente convocada pelo DCE, CAs e RDs com pauta única: posição dos estudantes diante das propostas de reforma do CB!


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