segunda-feira, 10 de maio de 2010



Por que os estudantes devem apoiar a greve dos funcionários?

DEZ MOTIVOS PARA LUTAR AO LADO DOS

TRABALHADORES DA USP:

1. Os nossos inimigos são os mesmos: a burocracia universitária e o governo estadual.

2. O funcionamento da universidade depende dos trabalhadores. O fato, porém, parece não sensibilizar aqueles que dirigem a USP.

3. A luta dos trabalhadores é justa (16% + R$200,00 fixos). Seus salários, que já são baixos, são corroídos pela inflação.

4. A reitoria quebrou a isonomia salarial com a concessão dos 6% somente aos professores.

5. O sindicato tentou por várias vezes negociar a sua pauta. Para todas as reivindicações só recebeu uma resposta da reitoria: NÃO.

6. A radicalização no método é o único caminho que restou aos trabalhadores.

7. Todas as conquistas importantes dos funcionários foram obtidas com a luta e não com conversa fiada.

8. A paralisação das atividades desfaz a invisibilidade que recai sobre os trabalhadores e suas reivindicações.

9. Defender a luta da categoria significa se opor ao sucateamento da universidade pública.

10.Sem mobilização não é possível negociar em pé de igualdade com a reitoria. A greve modifica essa correlação de forças.


Conquistar a unidade de estudantes e trabalhadores para derrotar a burocracia universitária e o governo!

Organizar a greve estudantil partindo das reivindicações mais sentidas!

Os funcionários aprovaram em assembléia a greve para o dia 5 de maio. Certamente essa decisão afetará o cotidiano de todos nós, especialmente devido à falta dos restaurantes universitários, circulares e demais serviços.

E qual conclusão devemos tirar a esse respeito? Muitos se indignarão com os funcionários. Mas, de quem é a responsabilidade pela paralisação? Não é dos trabalhadores, pois esses buscaram a via da negociação e foram ignorados pela reitoria.

A responsabilidade é da burocracia universitária, que lançou a provocação contra a categoria, quebrando a isonomia salarial (6% somente aos professores). Sua intransigência demonstra o quão demagógico é o discurso de Rodas, que se intitula “reitor do diálogo”.

A greve e outros métodos radicalizados são mais do que instrumentos legítimos de luta, têm sido os únicos meios capazes de dobrar a reitoria e o governo.

Os funcionários devem se orgulhar por estarem protagonizando mais uma vez uma luta séria e em defesa da universidade pública. Diante de tamanha provocação da burocracia, levantam sua cabeça e cruzam os braços em protesto.

Os estudantes devem seguir o exemplo e preparar sua greve. Motivos não faltam: a aprovação da Univesp sem diálogo algum; a ausência de uma política de permanência que atenda às demandas; a persistência de processos contra estudantes e funcionários etc.

Se a greve nos causa transtornos, devemos nos colocar lado a lado com os trabalhadores da USP para pressionar a reitoria. Isolados somos fracos, unidos conquistamos uma correlação de forças favorável. Porém, não podemos nos iludir com falsas propostas de unidade.

Somente com comandos unificados e com a assembléia geral universitária (professores, funcionários e estudantes) construiremos uma unidade real. Só dessa forma quebraremos o corporativismo das direções (especialmente dos docentes), que nos divide e favorece a burocracia.

Chamamos os estudantes a aprovarem na assembléia do dia 6 de maio um calendário de manifestações e debates que ajudem a preparar a greve. Devemos pressionar o DCE para que encaminhe a luta sem demora.

Se ainda não há disposição entre os estudantes para iniciar um movimento grevista, isso não deve significar que devemos ficar esperando essas condições amadurecerem sozinhas, deixando os funcionários isolados. É preciso trabalhar por elas, chamando à mobilização!

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