terça-feira, 4 de maio de 2010

Coletivo

PODER ESTUDANTIL

Boletim Nº. 04 – Maio de 2010 – poder_estudantil@yahoo.com.br


Denúncia à Abacateiro



A prática da atual direção do Cefisma (Abaca-teiro) em seus quase seis meses de gestão vem se mostrando antidemocrática, anti-movimento estudan-til e de conivência com a burocracia do instituto e entendemos por burocracia a casta de professores que detém o poder político-administrativo na universidade (titulares) e seus correligionários. Neste boletim, o coletivo Poder Estudantil aponta algumas das práticas que justificam essa nossa avaliação da gestão.



Censura de texto à calourada



O ex-RD da comissão de graduação da Física (CG) redigiu um texto para o manual da calourada 2010 tratando das atribuições da CG e das suas práticas propriamente ditas. O texto tocava na questão do corporativismo dos professores, do não acompa-nhamento dos cursos, deixando os professores livres para fazer o que lhes der na telha com relação às ementas, tocava na questão do pouco caso para com os requerimentos feitos por alunos com média pon-derada baixa ou mediana, dentre outras coisas. O texto foi censurado por ser considerado ofensivo. E foi censurado não numa reunião de diretoria ou da co-missão de calourada, mas por um par de diretores sem discussão. O texto do RD estava assinado, como lhe foi requisitado. Deveria ter sido publicado.



Meses sem reunião aberta de direto-ria do Cefisma



A primeira reunião de diretores do CA no ano (15/04) foi divulgada durante a realização da mesma no ermo site do CEFISMA. Confira você mesmo no site a data e a hora da emissão da mensagem.



(http://www.cefisma.if.usp.br)



Participação de diretores nas reuni-ões de diretores e divulgação destas



As reuniões têm em média aproximadamente três (3) diretores de um total de onze (11) e parca divulgação. A pauta da reunião só foi divulgada no site por duas vezes: da primeira vez, foi durante a reunião e da segunda vez foi após a reunião. Nunca antes. Nos murais, a divulgação quando é feita, é apenas por uma folha A4 em apenas um dos murais.



Cartazes arrancados



A direção do Cefisma tem a prática de arran-car os cartazes do movimento não carimbados na sua secretaria. Dizemos “do movimento” porque cartazes de festas, da Atlética, da FEA Jr., entre outros, são mantidos mesmo sem carimbo. Por diversas vezes ao divulgar nossas atividades fomos à secretaria do CA para carimbar nossos cartazes e encontramos o CA fechado. Daí a alcunha de anti-movimento. Esta po-lítica de zeladoria é direcionada apenas para aqueles que visam a mobilização política dos estudantes.



A direção é contra as assembléias



A direção do CA imprime grande resistência à convocação de assembléias para tratar dos problemas mais sentidos pelos estudantes, como foi o caso do fe-chamento das salas de aula. Este ponto de pauta che-gou e ser incluído para ser tratado na assembléia du-rante reunião de diretoria, mas no dia da assembléia foi retirado arbitrariamente por uma manobra da dire-ção. A justificativa foi a de que o diretor do IFUSP disse que resolveria o problema (?).

Quando acontecem as assembléias é feito um esforço para que estas ocorram o mais rápido possível, com duração de uma hora ou menos. Para isso, o CA procura sempre reservar um auditório que será utili-zado para aula e nas vezes quando o Poder Estudantil tentou colocar em discussão a ampliação do teto de discussão, fomos taxados de antidemocráticos e tu-multuadores. A mínima discussão não costuma se de-senvolver nas assembléias da física, pois não há espaço para ela. A não ser que seja um assunto de interesse dos diretores, como foi o caso dos projetos de reforma da sala de estudos. O diretor Renato Jar-dim queria saber a opinião dos estudantes, então o CA chamou uma assembléia para decidir entre as duas propostas da burocracia.



Reforma da sala de estudos



Quando a assembléia convocada para discutir a reforma da sala de estudos deliberou por não decidir nada até que as propostas fossem amplamente conhe-cidas, a diretoria do Cefisma resolveu atacar de outra forma. No dia 11/05, às 12h, o Cefisma colou um A4 no mural chamando os estudantes para um debate no mesmo dia às 14h, com a finalidade de decidir sobre um dos projetos. Mais tarde, um novo cartaz convo-cava uma assembléia para 12h do dia 12/05 para ho-mologar a decisão tomada no debate. Política de co-operação com a burocracia do IFUSP, em detrimento da mínima democracia estudantil.



Política de colaboração com a buro-cracia acadêmica



Em contrapartida a essa prática de evitar se reunir com os estudantes de física, os diretores do Cefisma participam de reuniões regulares com o dire-tor do IFUSP e demais órgãos da burocracia. O cará-ter dessas reuniões é um tanto obscuro, mas sabemos que diretores do CA se reúnem com professores desde o ano passado para discutir a criação de uma empresa Jr. na Física. A comissão de cultura e extensão da Física está chamando dois seminários sobre empresas Jr. em apoio à “reflexão dos estudantes” (?) dias 01/06 e 08/06. As inscrições para participar dos seminários devem ser feitas no site da comissão de cultura e extensão: http://web.if.usp.br/extensao/node/85.



A questão das salas de aula fechadas



Os estudantes de física estavam proibidos de utilizar as salas de aula do IFUSP, devido, segundo a burocracia, à instalação de datashows nas salas. Frente a isso, a política da direção do CA, explicitada nas reuniões de diretores foi de defender a burocracia aça-dêmica tentando justificar os atos desta por inexpe-riência do recém eleito diretor do instituto, Renato Jardim, e da diretora de ensino, Ana Regina Blak.



Concessão de salas de aula ao IME Jr.



Enquanto isso, salas de aula da Física estavam sendo concedidas à empresa IME Jr. para que aulas pagas de inglês fossem ministradas. Após a denúncia do Coletivo Poder Estudantil sobre o fechamento das salas e a concessão destas para o IME Jr., a diretoria do IFUSP reabriu as salas mediante o preenchimento de um termo de compromisso e apresentação de docu-mento de estudante, como forma de “cala boca” para que a questão do IME Jr. passasse desapercebida. Os cursos de inglês continuam sendo ministrados. A pos-tura da direção do Cefisma é a de fazer “vista grossa” a respeito da utilização das salas pela iniciativa priva-da.

Greve dos funcionários e a quebra de um ponto de programa da Gestão Abacateiro



No dia 17 (segunda-feira) nós passamos para a direção do CA o informe da assembléia geral de estudantes da USP do dia 12 que indicou assembléias de cursos às unidades para tratar da greve que já acon-tecia por parte dos funcionários. Nós propomos ao CA a realização de uma assembléia no dia 19, às 18h, no Mickey, evitando assim o problema de reserva de auditório. Porém, no dia 19, o Cefisma realizou uma reunião de diretoria para tratar da greve, com voto aberto a todos os estudantes e às 12h30. Quebra do ponto de programa que determina o voto nas reuniões de diretoria restrito a apenas diretores do CA. Substi-tuição da assembléia por um fórum menor, que só po-de deliberar a respeito da posição da diretoria, e não dos estudantes de física, já que é uma reunião da dire-toria.

O papel do CA na greve



O Cefisma assumiu uma política de manuten-ção do estado desmobilizado, colaborando com o iso-lamento dos funcionários que estão numa greve em defesa da universidade pública há mais de 20 dias. A direção do CA está impedindo a expressão do con-junto dos estudantes a respeito da greve, uma vez que não proporciona debates e tão pouco convoca assem-bléias para discutir esse tema. No entanto, faz questão de ir à assembléia geral manifestar o posicionamento da diretoria que é contrário a greve, dizendo que os estudantes de física são atrasados e que o movimento precisa continuar a ser construído, e por isso ela não poderia ser deflagrada naquele momento. Pura dema-gogia, pois além de não estar movendo uma palha para fazer avançar a mobilização, finge ignorar que o curso de Física é bastante polarizado e em anos como o de 2000, 2005 e 2007 teve papel protagonista no movimento estudantil, comparecendo massivamente aos atos, realizando piquetes, não só na física, mas em outras unidades, participando da ocupação da reitoria do início ao fim desta, realizando assembléias de cur-so com centenas de estudantes etc.



Eleições para o X Congresso



O calendário para a eleição de delegados foi divulgado no site na segunda-feira (dia 17/05) e na quinta-feira, dia 20/05 num único A4, com os seguin-tes dizeres: inscrição de chapas até às 14h do mesmo dia e marcando as eleições para o dia seguinte 21/05, com abertura da urna em dois períodos: das 9h às 13h e das 18h às 21h30. A urna nunca foi aberta apesar de haverem se inscrito duas chapas: a nossa (Poder Estu-dantil) e a de dois membros da diretoria do Centro Acadêmico.

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